A alopecia areata, uma condição autoimune que causa a perda de cabelo, é um desafio emocional e físico. Eu posso dizer isso com conhecimento de causa: fui diagnosticada com essa condição já aos três anos de idade.
Foram 23 anos fazendo de tudo para ter cabelos e me sentir pertencente: essa jornada não foi nada fácil. Os cabelos geralmente fazem parte da autoestima de uma mulher e para mim não foi diferente.
Os tratamentos aos quais me submeti – e não foram poucos – me fizeram sofrer desde sempre. Nenhum trazia os resultados esperados e os efeitos colaterais eram bem negativos. Eu também utilizei perucas por um ano, mas era extremamente desconfortável.
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Eis que resolvi trilhar um caminho diferente em 2017. Ao invés de tentar esconder minha careca, eu escolhi abraçá-la. Na época, meu primeiro passo foi compartilhar a minha história nas redes sociais, no perfil @eusoufernandayub.
Para minha alegria, minhas postagens inspiraram outras mulheres a aceitarem sua própria beleza. Ideais estéticos convencionais às vezes são uma amarra para a felicidade, mas descobri que havia muitas pessoas que passavam pelo mesmo que eu.
Essa decisão foi essencial para que eu descobrisse o meu propósito: impactar vidas! Hoje, após anos estudando e com mais de 4 mil clientes transformadas, sou mentora de mulheres, palestrante e empresária.
Eu, claro, não atendo apenas clientes com alopecia, e sim mulheres que desejam se amar, se respeitar e ter uma autoestima inabalável.
A alopecia foi um dos maiores desafios da minha vida, mas sem ela eu não teria me tornado a mulher na qual me orgulho.
Sou grata aos ensinamentos e às transformações que precisei passar para hoje ser a pessoa que sou.
*Fernanda Ayub é empresária, terapeuta e mentora de mulheres. Tem alopecia areata desde os três anos.
Alopecia e autoestima: a coragem de abraçar a diferença Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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