Quem já teve herpes zoster não esquece jamais. A doença, também conhecida como “cobreiro”, pode causar uma dor intensa e pode afetar a rotina do paciente.²,¹¹ “As sensações de agulhadas, queimação, pontadas e dormência podem impactar o cotidiano com a família, o trabalho e, também, a convivência social”, explica Jessé Reis Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.
Mas, assim como acontece com muitas outras infecções, o herpes zoster pode ser prevenido e tratado quando identificado a tempo. Saiba mais sobre a doença e lembre-se: ao perceber algum sinal, procure imediatamente ajuda médica. Afinal, você não precisa sentir na pele essa dor.
1. O herpes zoster é causado pelo vírus Varicela zoster, o mesmo vírus responsável pela catapora¹
“A doença geralmente ocorre na infância, mas o microrganismo fica alojado no sistema nervoso, em alguns gânglios neurais, e pode vir a se manifestar décadas depois, devido ao envelhecimento natural do sistema imune e à redução da capacidade de resposta ao vírus”, explica o infectologista.
2. Pessoas com mais de 50 anos tem maior risco de desenvolver a doença1,12
Isso porque o declínio natural na imunidade leva a um maior risco de manifestar a infecção.1 Indivíduos imunocomprometidos, como os pacientes transplantados, pessoas com diagnóstico de câncer, vivendo com HIV, entre outros, também podem estar em maior risco de desenvolver herpes zoster.12
3. O herpes zoster é uma doença reconhecida pela dor provocada pelas lesões¹
Podem surgir pequenas vesículas em qualquer lugar do corpo, mas geralmente em lugares como tórax, barriga ou face.1 A dor associada à doença é comumente descrita como uma sensação de queimadura, latejante, cortante ou penetrante.1,3 Pacientes relatam, ainda, formigamento e coceira locais, dor de cabeça e mal-estar.1,3
4. Doença pode ter consequências graves e prolongadas1,4
“A mais comum é a neuralgia pós-herpética (NPH), que afeta até 30% dos pacientes, provoca dores intensas por meses ou até anos e requer tratamento específico”, explica Reis, destacando que a probabilidade de desenvolver neuralgia aumenta com a idade.1,3 O médico conta que o herpes zoster pode acometer o nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade da face. Se houver envolvimento de um dos seus ramos, o oftálmico, há risco de comprometimento de estruturas do olho e danos definitivos à visão.1,3
5. A incidência de herpes zoster na população é alta5,6
Cerca de 94% dos adultos brasileiros acima de 20 anos podem estar infectados com o vírus que causa herpes zoster.5,6 E, segundo estudos realizados nos Estados Unidos, estima-se que um em cada três poderá desenvolver a doença em algum momento da vida.1
6. Os casos de herpes zoster aumentaram durante a pandemia de Covid-197
Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) revelou um aumento de 35,4% nos casos notificados de herpes zoster durante a pandemia de Covid-19, comparado com o intervalo pré-pandemia.7 Já outra pesquisa, realizada com adultos com 50 anos ou mais nos Estados Unidos que tiveram Covid-19, também mostrou o risco aumentado – de 15% – de desenvolver herpes zoster, em comparação com aqueles que não foram diagnosticados com a doença.8 Pacientes hospitalizados por Covid-19 tiveram 21% mais de chances de desenvolver herpes zoster.8
7. Herpes zoster não é o mesmo que herpes labial e genital9,10
As infecções têm em comum a latência, ou seja, o fato de o patógeno permanecer alojado no organismo após a primeira infecção, além de provocar vesículas e dor no local afetado. Mas as semelhanças param por aí,9,10 pois, enquanto o herpes zoster é causado pelo vírus Varicela zoster, o labial, caracterizado por lesões na boca, é provocado pelo Herpes simplex vírus tipo 1, e o genital, uma infecção sexualmente transmissível, pelo Herpes simplex vírus tipo 2.9,10
8. Há opções de prevenção e tratamento contra o herpes zoster1
Procure seu médico para saber mais sobre prevenção e tratamento da doença.1 Você não precisa sentir na pele essa dor!
Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
NP-BR-HZU-JRNA-230011 – Outubro/2023
Referências:
- CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR, v. 57, RR-5, p. 1-30, 2008.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Herpes (Cobreiro). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/herpes-cobreiro. Acesso em: 7 ago 2023.
- YAWN, B. P. et al. Herpes zoster recurrences more frequent than previously reported. In: Mayo Clinic Proceedings. Elsevier, 2011. p. 88-93.
- KAWAI, K.; GEBREMESKEL, B. G.; ACOSTA, C. J. Systematic review of incidence and complications of herpes zoster: Towards a global perspective. BMJ Open, v. 4, n. 6, 2014.
- CLEMENS, S. et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil – resultados de um estudo prospectivo transversal. Jornal da Pediatria, v. 75, n. 433-441, 1999.
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- MAIA, C. M. F. et al. Increased number of Herpes Zoster cases in Brazil related to the COVID-19 pandemic. International Journal of Infectious Diseases, v. 104, p. 732-733, 2021.
- BHAVSAR, A. et al. Increased risk of herpes zoster in adults≥ 50 years old diagnosed with COVID-19 in the United States. In: Open Forum Infectious Diseases. US: Oxford University Press, 2022. p. ofac118.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Herpes simples. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/herpes-simples/. Acesso em: 7 ago 2023.
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD). Herpes. Disponível em https://www.sbd.org.br/doencas/herpes/. Acesso em: 7 ago 2023.
- VAN OORSCHOT, D. et al. A cross-sectional concept elicitation study to understand the impact of herpes zoster on patients’ health-related quality of life. Infectious Diseases and Therapy, v. 11, n. 1, p. 501-516, 2022.
- CHEN, S. Y. et al. Incidence of herpes zoster in patients with altered immune function. Infection, 42(2):325-334, 2014.
Herpes zoster: conheça 8 curiosidades sobre a doença Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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