Cuidar antes que surjam sintomas. Impedir o reaparecimento de doenças transmissíveis. Focar no controle de fatores evitáveis de riscos à saúde, incentivando a população a mudar comportamentos em prol de um estilo de vida mais saudável.
Concentradas nesses objetivos, instituições públicas e privadas desenvolvem estratégias preventivas para propiciar vida longa e de qualidade, além de reduzir custos. E, assim, ampliar a capacidade de atendimento dos sistemas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), em torno de 80% das queixas poderiam ser resolvidas no atendimento primário, ou seja, sem necessidade de encaminhamento para especialistas.
Não à toa, vem crescendo o número de cursos voltados à capacitação de profissionais para exercer essa especialidade médica, focada na prevenção, acompanhamento, rastreamento e mitigação de condições desfavoráveis à saúde.
Orientar sobre o correto seguimento do calendário vacinal de crianças e adultos é uma das medidas preventivas prioritárias na atenção primária.
É praticamente impossível falar em prevenção no Brasil, aliás, sem que venha à mente o Programa Nacional de Imunização, reconhecido no mundo todo pelo acesso gratuito a vacinas. Algumas doses, inclusive, já eliminaram uma doença do planeta, a varíola, e podem eliminar a poliomielite e o câncer de colo de útero.
Foi também graças aos imunizantes, é bom lembrar, que se tornou possível interromper a transmissão desenfreada do coronavírus, mesmo com o enfrentamento de fake news alimentadas por movimentos antivacina.
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Informação e tecnologia antecipam cuidados
No campo das doenças crônicas não transmissíveis, campanhas informativas são recursos cruciais para conter o crescimento de condições preocupantes como alimentação desequilibrada, sedentarismo, estresse, abuso de álcool e tabagismo.
Desde 2018, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Cardiologia vem trabalhando nesse sentido por meio da ferramenta batizada de Cardiômetro. Além de ser um indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no país, a campanha incentiva a adoção de medidas preventivas pelo bem do coração – como a verificação regular da pressão arterial e dos níveis de colesterol e glicose.
O uso de tecnologia para antecipar diagnósticos e agir o quanto antes é também um dos pilares da medicina preventiva.
Em 2022, em outra inovação premiada, uma equipe do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um aplicativo em forma de jogo interativo capaz de detectar precocemente problemas auditivos na infância.
O dispositivo, levado facilmente a escolas e postos de saúde, pode viabilizar e otimizar triagens, favorecendo a tomada de decisão sobre encaminhamentos e tratamentos o mais cedo possível.
Iniciativas como essas estão reunidas na categoria Prevenção e Promoção à Saúde do Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica, cujos vencedores serão anunciados em dezembro de 2023.
Acompanhe as novidades sobre a premiação no site.
Prevenção é a prioridade da medicina do futuro Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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