Existe. A aurora boreal – ou austral, já que o fenômeno também rola no Hemisfério Sul e é visível da Tasmânia ou da Terra do Fogo – pode ocorrer nos polos de qualquer planeta que tenha um campo magnético e uma atmosfera razoável.
Todos os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) exibem auroras espetaculares. Marte tem uma versão peculiar visível à luz do dia. E Vênus, com seu ar espesso e denso, não deixa por menos.
As auroras começam quando o Sol emite um jorro de partículas subatômicas carregadas eletricamente – os chamados “ventos solares”. Essas partículas são componentes de átomos, prótons e elétrons que costumavam formar hidrogênio e hélio, mas se separaram por causa do calor extremo e entraram num estado conhecido como plasma.
Ao alcançarem um planeta, essas partículas são aceleradas pelo campo magnético e colidem com as moléculas que formam a atmosfera. Desse impacto, nasce a luz.
O que muda, de caso para caso, são as cores. Por exemplo: em Saturno, por causa do tipo de gás que envolve o planeta, a intensidade do campo e outras variáveis, o fenômeno se manifesta na parcela ultravioleta do espectro, invisível para nós.
Pergunta de @martin_jeffe, via Instagram.
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