O 1G surgiu em 1991, utilizando tecnologia analógica para chamadas telefônicas em aparelhos móveis. Na mesma época, já vinha sendo implementado o 2G, com tecnologia digital, largura de banda larga e capacidade de transferir dados. A partir de então, a evolução aconteceu de década em década.
Em 2001, o 3G elevou a taxa de transferência de dados, de 100 kbits para mais de 2 megabits por segundo e popularizou a internet móvel. Em 2010, o 4G aumentou a capacidade de conectividade dos dispositivos móveis e viabilizou uma série de transformações radicais, desde a capacidade de assistir TV em streaming até o acesso aos bancos digitais. Se o 1G e o 2G eram focados nos serviços de voz, o 3G e o 4G implementaram o acesso a dados.
Dito isso, é certo que o 5G será o próximo passo natural. Mas se engana quem acha que a alta velocidade será a única vantagem da tecnologia. Longe disso: o 5G representa uma enorme transformação. E uma característica, em especial, muda radicalmente todo o jeito de produzir, comunicar e consumir: a redução da latência.
Latência, em redes móveis, é o tempo que demora para o dispositivo receber uma resposta da torre de celular ou do link de rádio. A latência do 5G é tão baixa – podendo chegar até a 1 milissegundo, contra algo entre 20 e 70 milissegundos no 4G – que, somada ao conceito de network slicing, que divide a rede para determinados serviços e evita os temerosos congestionamentos na rede, passará a permitir o desenvolvimento de uma infinidade de novas tecnologias e serviços.
A latência menor transforma a experiência de jogar em nuvem, por exemplo, tanto quanto viabiliza a realização de uma cirurgia em que um médico opera um braço robótico instalado a milhares de quilômetros de distância, assim como possibilita aperfeiçoar as tecnologias para carros rodarem nas ruas sem motoristas e até revolucionar serviços de saúde e de segurança pública.
Mas não é só isso: o 5G viabiliza o fatiamento da rede. “Agora podemos utilizar a rede para aplicações específicas, focando na latência, ou na velocidade, de acordo com o uso”, explica Sandro Tavares, diretor global de Marketing para Telecomunicações da Dell Technologies. “Essa é uma mudança radical na arquitetura da rede.”
Edge computing
O edge computing, ou seja, a computação de borda, é crucial nesse contexto. A tecnologia, que visa implementar a capacidade de computação (servidores) o mais próximo possível de onde os dados estejam sendo gerados, será disseminada graças ao 5G. “Edge computing e 5G andam lado a lado”, diz Tavares. “A combinação permite criar uma capacidade de processamento de dados muito mais distribuída, de acordo com a demanda do usuário. Em outras palavras, “o 5G funciona como a camada de conectividade entre o edge computing e o usuário final, principalmente aquele que demanda baixa latência”.
Graças ao edge computing atrelado ao 5G, será possível operar as tecnologias com maior capacidade de gestão, automação e confiabilidade. Será o primeiro passo para o mundo cada vez mais conectado e com tecnologias novas surgindo o tempo todo, com implantações locais e virtuais a uma velocidade estonteante. Tudo isso vai ajudar a trazer para a nossa vida a inteligência artificial, a realidade virtual, a Internet das Coisas e as cidades inteligentes.
Far Edge e Near Edge
As novas tecnologias, combinadas, atuam em camadas distribuídas geograficamente. Por isso, vão se utilizar de duas técnicas de implantação: Far Edge, instalada em locais mais distantes do data center ou do serviço em nuvem, e muito próximas dos usuários, como as torres de celular, e Near Edge, um pouco mais afastada do usuário final, e adequada para hospedar serviços que dependem menos da redução de latência para funcionar.
“A Dell entende o potencial do edge computing utilizando 5G e da combinação entre camadas, de forma a prestar o melhor serviço possível para cada perfil de usuário, corporativo ou pessoa física”, diz Tavares.
“Somos um dos maiores provedores de tecnologia e soluções para data centers de médio ou grande porte para empresas. Temos desenvolvido soluções capazes de operar neste tipo específico de ambiente, com servidores de menor tamanho físico, preparados para operar em um ambiente não tão controlado quanto o dos data centers tradicionais, que é uma característica das implantações de edge.” Assim, a empresa se posiciona para oferecer novos serviços, com novas aplicações. Bem-vindo ao futuro.
Entenda como a combinação de 5G e edge computing vai mudar sua vida Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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