domingo, 31 de julho de 2022

Dia do orgasmo: como fica o prazer em tempos de crise?

Houve um tempo em que a vida sexual da ilustradora francesa Jüne Plã não andava lá essas coisas. Todo dia, ela fazia tudo sempre igual e, como gosta de repetir, seguia o roteiro do “chupar, meter e gozar”. Por mais que tentasse usar de criatividade na hora H, e até assistisse a alguns filmes pornôs para se inspirar, a sensação que tinha, ao terminar de transar, era um déjà-vu.

“Frequentemente, faço aquela comparação com comida: é bem provável que, se comermos nosso prato preferido todos os dias por seis meses, a gente enjoe dele. Entende aonde quero chegar?”, pergunta a autora do recém-lançado Clube do Orgasmo — Uma Cartografia do Prazer (Intrínseca).

A ideia de escrever um guia ilustrado sobre carícias sexuais nasceu em 2018, quando seu então namorado perguntou onde ficava um determinado ponto em sua vagina. No melhor estilo “entendeu ou quer que eu desenhe?”, Jüne fez uma ilustração detalhada do aparelho reprodutor feminino e mostrou ao rapaz.

Dias depois, criou um perfil no Instagram e, a partir daí, posta desenhos com “truques e dicas” para ter uma vida sexual mais prazerosa. Hoje, quatro anos e incontáveis gozos depois, o perfil tem quase um milhão de seguidores. “Que tal experimentar uma nova técnica ou fantasia a cada vez que transar? Imagine que pode acrescentar um ingrediente, e a receita vai ganhar outro sabor”, provoca.

<span class="hidden">–</span>Capa: Intrínseca/Divulgação

Clube do Orgasmo
Autora: Jüne Plã 
Editora: Intrínseca
Páginas: 256

Mas Jüne não escreveu Clube do Orgasmo sozinha. Em alguns trechos, como aquele em que explica o que é anorgasmia (a dificuldade de atingir o orgasmo) ou dispareunia (a dor durante o ato sexual), contou com a consultoria de especialistas no assunto, como a ginecologista Clémentine Courage.

Além de ilustrar o livro com desenhos eróticos e didáticos, a autora sugere alguns brinquedos sexuais, compartilha reflexões do tipo “Ninguém é melhor de cama do que quem sente prazer em dar prazer” ou “A penetração pode ser uma opção, e não o objetivo final” e, ainda, aborda tabus como o das mulheres que fingem sentir orgasmo, seja para não magoar o(a) parceiro(a), seja para acabar mais rápido.

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“Atinja, não finja!”

A dificuldade para chegar ao orgasmo ou, nas palavras de Jüne Plã, “o clímax de uma relação sexual extremamente bem-sucedida”, tem tudo a ver com a criação do dia dedicado a ele, o 31 de julho de 1999. Um estudo britânico da época revelou que oito em cada dez inglesas simulavam chegar ao orgasmo na cama.

O resultado da pesquisa inspirou os donos de uma rede de sex shops de Londres a criar a efeméride. Bolaram até o slogan: “Atinja, não finja!”. Mais do que debater a importância de uma vida sexual mais ativa e saudável, eles queriam turbinar a venda de alguns produtos eróticos. E conseguiram. O aumento nas vendas chegou a 40% nos anos seguintes.

Ter dificuldade para chegar ao orgasmo não é um fantasma que assombra apenas as inglesas. No Brasil, um levantamento do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou que 55% das mulheres brasileiras não chegam ao ápice do prazer sexual durante a relação.

Entre as causas apontadas, 67% relataram penar para se excitar e 59% disseram sentir dor na penetração. O estudo, assinado por Ana Brasil e Carmita Abdo, entrevistou 3 mil mulheres, de 18 a 70 anos, de sete cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Porto Alegre e Brasília.

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Fazer sexo faz bem

Mas como fica o prazer em tempos de crise sanitária e econômica? Ora, estamos vivendo na esteira da Covid-19, que matou 677 mil brasileiros, e num cenário de mais de 10 milhões de desempregados. Sem contar as brigas ideológicas e políticas diante de uma corrida eleitoral. Com tanta tensão e problemas a resolver, dá para levar uma vida sexual minimamente satisfatória?

“O medo e a incerteza diante do futuro geram estresse, ansiedade e depressão. E essas condições interferem negativamente na atividade sexual de qualquer casal”, afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ProSex e autora do livro Sexo no Cotidiano (Contexto). “Se, por um lado, o sexo faz bem à saúde física, mental e emocional, por outro é preciso ter saúde para fazer sexo de qualidade”, ressalta.

Ninguém transa (só) para preservar a saúde, mas que o sexo é um antídoto em prol do bem-estar ninguém duvida. Volta e meia sai um novo estudo mostrando os benefícios da atividade. Já foram documentados seu efeito analgésico, melhora da qualidade do sono, proteção ao coração, fortalecimento da imunidade e até controle do peso. Pois é: um ato sexual queima, em média, 150 calorias, o equivalente a 20 minutos de caminhada.

“Mas nem todo e qualquer sexo faz bem à saúde. Isso depende do prazer e da satisfação que ele dá ao casal”, pondera Carmita. “Não dá para fazer sexo como quem bate ponto no trabalho. ‘Ah, vamos fazer sexo hoje porque é domingo e domingo é nosso dia de fazer sexo’. Não é assim que funciona! Mais do que quantidade, devemos estar atentos à qualidade da relação”, observa a psiquiatra.

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Na hora do orgasmo, uma glândula no cérebro chamada hipófise libera uma grande descarga de endorfina. O “hormônio do prazer” produz, entre outras sensações, euforia e bem-estar. Autora de livros como Meu Amigo Quer Saber — Tudo Sobre Sexo e Sexo para Adultos (LeYa), a psicóloga Laura Muller explica que o prazer sexual pode inclusive ajudar o brasileiro a enfrentar tempos difíceis como os que estamos vivendo com mais leveza.

“O sexo traz um novo colorido para a vida. Esse ganho de energia pode extrapolar para outros aspectos da rotina. Se a vida sexual é saudável e prazerosa, é bastante provável que a social e a profissional também sejam”, explica a apresentadora de um quadro sobre sexualidade no programa Altas Horas, da TV Globo.

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Manual de instruções amoroso

Dicas para não deixar o baixo astral derrubar a libido não faltam. Para começar: sexo não se resume à penetração. Inclui carinho, lambida, chupão… Sejamos criativos!

Outra dica: quando não gostar de algo, verbalize: “Não faça assim”, “Aqui é melhor”, “Deixa eu mostrar…”. Mais uma: a genitália é o centro do prazer, mas o corpo inteiro tem zonas erógenas a serem exploradas. Não por acaso, segundo aquele estudo do ProSex da USP, beijos no pescoço são os estímulos favoritos de 35% das entrevistadas, seguidos por carícias pelo corpo (24%) e massagens relaxantes com óleos (11%).

“O casal precisa arranjar um tempo livre na agenda, sem filhos ou gadgets por perto, para curtir a vida com leveza e diversão. Além disso, é importante admirar e elogiar um ao outro. O sexo começa muito antes da cama”, ensina a psicóloga Marina Simas, coautora de Diálogo Sim, Briga Não — 100 Perguntas para Melhorar a Relação do Casal (Matrix).

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Como o conhecimento genético ajuda no cuidado com as doenças oculares

Saber o diagnóstico preciso de uma doença torna o acompanhamento e o tratamento médico mais assertivo, confiante e seguro. E isso vale especialmente para condições genéticas, que afetam a saúde da visão.

Na oftalmologia, temos um extenso grupo de doenças da retina, o tecido no fundo do olho que capta os estímulos que serão convertidos em imagens. Há diversas alterações genéticas, algumas hereditárias, relacionadas a essas enfermidades.

A manifestação da doença no paciente pode ser semelhante, mas as mutações podem ocorrer em diferentes genes. Existem mais de 270 genes trechos do DNA possivelmente mutados em doenças da retina. Em cada família, um desses genes específicos pode ter sofrido a mutação. 

Os testes genéticos analisam a sequência de genes agrupados em painéis envolvidos em cada grupo dessas doenças. Há exames direcionados para problemas de retina, outros para doenças do nervo óptico, da córnea etc. 

O conhecimento dessas mutações tem sido de extrema importância no estudo de novos tratamentos para as doenças degenerativas da retina e, inclusive, para degenerações maculares. Conhecer os mecanismos moleculares das doenças vem permitindo o desenvolvimento de vários tratamentos.

Entender a base genética e o subtipo da enfermidade é importante porque nos ajuda a direcionar o tratamento para essas condições que podem levar à deficiência visual. Por exemplo: pacientes com doença de Stargardt, um distúrbio degenerativo da retina, podem ter causas genéticas diferentes. E hoje existem tratamentos em estudo que se aplicam aos casos relacionados à mutação no gene ABCA4, a mais frequente, e não serão indicados para portadores de outras alterações.

Conhecer o erro genético ainda permite atuar exatamente na falha que gerou a alteração ocular. Se for identificado o gene RPE65 como causador de uma distrofia de retina, como a amaurose congênita de Leber, doença relacionada à cegueira infantil, é possível realizar uma terapia gênica que repõe exatamente o gene deficiente.

Saber que a doença tem origem genética também é fundamental para identificar o risco de outro familiar herdar o problema. Isso nos permite instaurar um programa de acompanhamento para detecção precoce.

Para ficar mais fácil de visualizar, pensemos numa família com alguém diagnosticado com retinoblastoma, um tumor ocular. Existem casos da doença relacionados a uma mutação no gene RB1. Caso nasça uma criança nesta família que herdou a mutação, ela poderá ser submetida a um programa de exames, incluindo o teste genético, para rastrear um possível tumor, possibilitando um eventual diagnóstico em fase inicial e com melhores chances de cura.

O aconselhamento genético baseado em exames que investigam o DNA permite maior precisão na orientação dada aos casais que estão planejando ter filhos e que têm problemas oculares de causa genética na família.

Hoje, alguns testes realizados em bebês logo após o nascimento permitem o diagnóstico pré-clínico de algumas condições, isto é, antes de qualquer manifestação da doença. Este é o princípio do teste do pezinho e de painéis genéticos mais abrangentes como o exame BabyGenes.

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Saúde à vista

Os indivíduos com doenças genéticas devem ser acompanhados com especialistas, pois muitos deles podem ter complicações oculares. Por exemplo: pessoas com síndrome de Marfan precisam ser avaliadas não apenas para prescrição de óculos e lentes para a correção da miopia decorrentes do deslocamento do cristalino, mas também pelo risco de glaucoma e descolamento de retina.

Em muitos dos distúrbios que envolvem os chamados erros inatos do metabolismo temos depósitos anormais de substâncias em diversos órgãos. E os olhos também podem ser sede dessas alterações prejudiciais. Não é por menos que indivíduos com mucopolissacaridose demandam um acompanhamento oftalmológico devido ao maior risco de problemas na córnea.

O acompanhamento médico engloba exames, entre eles a medida da pressão intraocular, prescrição de lentes de óculos e orientações sobre a saúde ocular, inclusive quando é preciso propor adaptações na rotina em razão do comprometimento visual.

Nesse contexto, o monitoramento deve começar na infância e se torna ainda mais importante com o avanço da idade, quando doenças como catarata, glaucoma e degeneração macular se tornam mais frequentes. E até nessas situações é possível apurar predisposições a determinadas doenças dentro de uma família.

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No caso das doenças raras, o teste genético é peça-chave porque encurta a jornada de diagnóstico. Ao saber a mutação genética envolvida, o médico pode pesquisar os aspectos clínicos mais associados a ela, conferir o que o paciente apresenta e verificar o risco de progressão e outras manifestações não restritas à visão.

Mais um exemplo: mutações no gene PAX6 são responsáveis por alterações na córnea, na íris e no cristalino e elevam o risco de glaucoma. Mas, diante de um teste positivo, sabemos que precisamos redobrar a atenção também para o risco de um tumor nos rins.

Esse conhecimento modula a necessidade e a frequência do acompanhamento preventivo e permite tratar alguns quadros específicos. Tanto pelo bem da visão como da saúde em geral. É a medicina de precisão na prática!

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* Juliana Sallum é head de oftalmologia da Dasa Genômica e professora do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Crustáceo pode ser exemplo raro de polinizador marinho

Em terra firme, as plantas recebem uma mãozinha de polinizadores como pássaros e abelhas. No oceano, elas geralmente se viram sozinhas. Daí a surpresa dos cientistas ao descobrirem um crustáceo de quatro centímetros que pode ajudar algas a se reproduzirem.

É o primeiro caso conhecido dessa interação animal-alga e ocorre entre o crustáceo da espécie Idotea balthica e a alga vermelha Gracilaria gracilis. A reprodução dessa planta é incomum por si só. Organismos que vivem no mar costumam liberar gametas masculinos ou femininos para que se encontrem na água, mas este não é o caso da alga Gracinha – como vamos apelidá-la de agora em diante.

Entre as Gracinhas, as plantas fêmeas não liberam seus gametas na água. Os machos até liberam, mas suas células não têm caudas que facilitem a locomoção – como acontece com os espermatozoides humanos, por exemplo.

Myriam Valero, pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, França), imaginou que os crustáceos poderiam atuar como polinizadores (e facilitar o encontro entre os gametas) quando percebeu que eles costumavam se reunir aos montes nas Gracinhas.

Ela se juntou com outros pesquisadores para fazer experimentos em aquários, onde cultivaram algas masculinas e femininas. Metade dos tanques foram povoados com os crustáceos, e a equipe percebeu que estes aumentaram em 20 vezes a fertilização. 

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Eles também examinaram os animais sob um microscópio e perceberam que, de fato, tinham minúsculos gametas masculinos por todo seu corpo. Os resultados do estudo foram publicados na revista Science.

A relação seria benéfica para ambas as partes. Vivendo junto às Gracinhas, os crustáceos facilitariam a reprodução da planta, mas também ficariam camuflados junto a elas (possivelmente escapando de predadores) e encontrariam refeições aos montes (algas menores, de outras espécies).

“Essa descoberta sugere que a fertilização mediada por animais pode ter evoluído de forma independente em ambientes terrestres e marinhos, e levanta a possibilidade de seu surgimento no mar antes que as plantas chegassem à costa”, escrevem os pesquisadores.

Outros cientistas alertaram que o estudo foi realizado em aquários e, portanto, ainda não se sabe se resultados semelhantes seriam observados no meio ambiente.

Durante muito tempo, acreditou-se que os animais só atuavam como polinizadores em terra. Mas, há uma década, cientistas descobriram que pequenos vermes marinhos e crustáceos faziam esse serviço com erva marinha. O novo estudo é o primeiro a identificar a relação com algas.

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Mais de 180 fósseis de peixes jurássicos foram encontrados no Reino Unido

Pesquisadores descobriram os restos fossilizados de peixes, ictiossauros, lulas, insetos e outros animais do período Jurássico em uma fazenda na Inglaterra. Foram achados mais de 180 exemplares datados de 183 milhões de anos atrás.

Um dos fósseis chamou atenção particular dos cientistas: a cabeça de um peixe preservada de forma tridimensional, parecida com a de um peixe empalhado. Fósseis, geralmente, são achados “achatados”, mas esse parecia estar saindo da rocha. O peixe era do extinto gênero Pachycormus, e foi encontrado muito bem preservado, ainda com tecidos moles, escamas e um olho – os pesquisadores a descreveram como uma descoberta única.

Os cientistas ficaram tão admirados que entraram em contato com uma empresa que cria modelos 3D digitais de fósseis, a fim de criar uma imagem interativa do peixe e estudá-lo melhor e mais de perto.

A região do Reino Unido em que a fazenda se encontra foi, em algum momento, submersa por um mar tropical raso – os sedimentos trazidos provavelmente ajudaram na preservação dos fósseis. Quando os peixes morreram, eles afundaram e, como acontece com outros fósseis, os minerais do fundo do mar substituíram continuamente a estrutura original dos ossos e dentes. Segundo o time de escavação, parece ter tido pouca ou nenhuma degradação. Isso significa que, assim que os peixes atingiram o fundo, foram rapidamente cobertos pelos sedimentos.

Escamas e olho do peixe foram fossilizados e preservados por mais de 180 milhões de anos.Dean Lomax/Divulgação

Durante a escavação, a equipe de oito pessoas usou uma escavadeira para cavar 80 metros nas margens da fazenda, principalmente atrás do estábulo. Eles encontraram vários espécimes da idade toarciana (fase do Jurássico entre 183 milhões e 174 milhões de anos atrás), dentre eles: belemnites (extintos cefalópodes parecidos com lulas), amonites (extintos cefalópodes sem casca), bivalves e caracóis, além de peixes e outros animais marinhos.

O grupo destacou a importância de comparar os achados com outros sítios fósseis referentes à era. Eles planejam continuar estudando os espécimes e estão trabalhando para publicar os resultados. Enquanto isso, uma seleção dos fósseis será exposta no Museum in The Park, na cidade de Stroud.

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Cozinha vegana sem mito nem complicação

Luísa Motta se tornou uma das embaixadoras do veganismo no Brasil. A cozinheira é dona do canal no YouTube Larica Vegana, que tem quase meio milhão de inscritos.

A ideia de desmitificar e simplificar a rotina de quem quer aderir a uma alimentação e a um estilo de vida sem ingredientes de origem animal impulsiona seus conteúdos na internet e dá o tom de seu livro Veganismo Descomplicado, do selo Academia (clique para ver e comprar).

“Vou te mostrar um pouco da teoria, da história e do alicerce político do veganismo, mas sou uma pessoa muito prática, então focarei muito mais em como o veganismo vai se materializar na sua vida”, escreve na introdução.

Na obra, Luísa compartilha experiências, expõe os problemas da exploração animal pela indústria, dá conselhos sobre o percurso rumo a um dia a dia vegano e ensina 30 receitas, entre doces e salgadas.

<span class="hidden">–</span>Capa: Academia/Divulgação

Veganismo Descomplicado
Autor: Luísa Motta
Editora: Academia/Planeta
Páginas: 176

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Vai uma sopa de alho?

Receita de Luísa Motta combina com o jantar ou a ceia

Ingredientes:
• 10 dentes de alho
• 1 cebola grande
• 3 batatas
• 1 maço de alho-poró
• 1/4 de xícara de azeite
• 2 litros de caldo de legumes
• Levedura nutricional (opcional)
• Cebolinha
• Noz-moscada
• Sal a gosto
• Pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo:
Corte todos os ingredientes e refogue no azeite a cebola e o alho-poró até dourarem. Adicione sal para acelerar o processo. Junte o alho e também deixe dourar. Adicione as batatas e cubra com o caldo de legumes. Deixe cozinhar até que as batatas fiquem moles. Bata tudo no liquidificador até ficar uniforme e cremoso. Volte o conteúdo para a panela e deixe ferver. Finalize com a noz-moscada ralada, a levedura, a cebolinha e um fio de azeite.

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O uso inteligente de dados alavanca a gestão da saúde

Agilizar atendimentos, fornecer diagnósticos precoces e precisos, orientar tratamentos, facilitar a relação entre profissionais de saúde e quem necessita de assistência – são incontáveis os benefícios da informação baseada em dados integrados e inteligência artificial em prol de uma gestão de cuidados mais humanizada. Essa premissa de acompanhar de perto os pacientes em toda a sua jornada norteia as ações da Dasa, maior rede de saúde integrada do país.

“Estamos na era do cuidado coordenado, e é preciso buscar cada vez mais métodos e soluções que facilitem a aproximação entre profissionais de saúde e pacientes, com análise inteligente dos dados que temos à mão”, diz o dr. Leonardo Vedolin, diretor-geral médico e de cuidados integrados da Dasa. “Permitir que parte do processo de atendimento seja feita por ferramentas digitais, dados e inteligência artificial libera os profissionais de saúde para que passem mais tempo cuidando das pessoas do que realizando trabalhos operacionais”, pondera. 

Leonardo Vedolin, diretor-geral médico e de cuidados integrados da Dasa –Dasa/Divulgação

A tecnologia habilita as equipes médicas a dedicar seu tempo, por exemplo, a ouvir as dores e as expectativas do paciente, que, por sua vez, acaba se engajando mais no tratamento. Ou seja: o benefício é uma maior humanização nessa relação. “Nosso time de gestão coordenada do cuidado monitora pacientes oncológicos dentro de uma lógica assistencial que garante o melhor cuidado, com eficiência e excelência clínicas, pertinência e melhor desfecho”, exemplifica o executivo.

“Graças à ciência de dados e à inteligência artificial, é possível fazer uma avaliação completa e integral da saúde de uma pessoa, resultando em uma medicina mais preditiva, preventiva e personalizada”, ratifica Danilo Zimmermann, diretor-geral de tecnologia e transformação digital da Dasa. “Para isso, construímos um data lake que é hoje o maior do setor e já concentra mais de 6,4 bilhões de dados, tudo de acordo com as regras da Lei Geral de Proteção de Dados”, conta Zimmermann.

Danilo Zimmermann, diretor-geral de tecnologia e transformação digital da Dasa –Dasa/Divulgação

Essa estrutura de armazenagem, analisada por meio de inteligência artificial, aumenta a capacidade de processamento de informações, como atendimentos em laboratórios ou hospitais, prontuários, exames, internações, cirurgias e medicamentos prescritos. “Além da coleta de dados, é importante, acima de tudo, saber analisá-los para que possam gerar insights e contribuir com a personalização de soluções”, diz o dr. Bruno Pinto, diretor-geral do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, que faz parte da Dasa. O objetivo final, ele lembra, é sempre facilitar o acompanhamento de cada paciente e auxiliar na decisão sobre as melhores indicações terapêuticas para o caso. 

Bruno Pinto, diretor-geral do Hospital Nove de Julho –Dasa/Divulgação

Exames de rastreio e estratégias de prevenção

A transformação digital na medicina vem se consolidando como importante ferramenta para prever doenças e agilizar diagnósticos, recurso fundamental sobretudo em áreas como a oncologia – afinal, a descoberta de um tumor em estágio inicial, em muitos casos, aumenta exponencialmente a chance de cura. “A estratégia do cuidado integrado tem o potencial de reduzir significativamente a mortalidade em casos de câncer de pulmão, por exemplo. Acompanhando o paciente que faz exames em nossa rede integrada, conseguimos antecipar o início do tratamento pelo monitoramento das informações geradas dentro do nosso sistema”, ressalta o dr. Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia. 

Gustavo Fernandes, diretor da Dasa Oncologia –Dasa/Divulgação
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“No Hospital Nove de Julho, o uso dos dados para aprimorar e refinar o atendimento tem sido primordial”, atesta o dr. Bruno Pinto. “O apoio de inteligência artificial empodera nossos profissionais envolvidos e, como consequência, temos uma entrega de laudos cada vez mais precisos e personalizados, otimizando o tempo e o atendimento dos pacientes”, completa.

Oncologista também no Hospital Nove de Julho, a dra. Bruna Zucchetti conta como a eficiência de um rastreio em um caso de câncer de mama acabou beneficiando toda uma família: “Aos 38 anos, a paciente notou um nódulo e os exames mostraram se tratar de um tumor de mama localmente avançado. Embora não houvesse histórico familiar muito sugestivo, solicitamos um teste genético para saber se ele tinha origem em alguma mutação que predispõe ao câncer hereditário”, relata.  

Bruna Zucchetti, oncologista no Hospital Nove de Julho –Dasa/Divulgação

 

O resultado do exame revelou a mutação BRCA2, uma das mais associadas à predisposição a desenvolver tumor de mama e de ovário hereditário.1 “Com essa informação, após a quimioterapia e a cirurgia profilática de retirada das mamas e dos ovários, a paciente passou a receber uma medicação específica para esses casos, um inibidor de PARP, que atua no reparo do DNA das células cancerosas. Essa personalização do tratamento foi possível pelo conhecimento que tivemos da mutação”, afirma a dra. Bruna Zucchetti. “Além disso, foram testados também o pai e três irmãos da paciente, duas mulheres e um homem.

Diante do resultado positivo para a mutação, a irmã mais velha, de 41 anos, foi submetida à retirada preventiva das duas mamas e logo depois dos ovários. Já a mais nova, de 28 anos, vai ser acompanhada de perto, fazendo exames em intervalos mais curtos”, explica a médica. O rastreamento personalizado foi indicado também para o irmão, uma vez que a alteração detectada predispõe igualmente a câncer de próstata e de pâncreas.2 “A descoberta da mutação não apenas trouxe benefício para a terapia da paciente como propiciou a oportunidade de acompanhar os familiares e oferecer uma medicina preventiva para diminuir as chances de desenvolvimento de tumores e a detecção precoce, caso ocorram”, resume a oncologista.

Tudo no mesmo lugar

Toda a jornada de cuidados promovida pela Dasa está centralizada no Nav, plataforma digital que reúne dados sobre consultas médicas, histórico de exames e demais atendimentos, facilitando a navegação dos usuários no ecossistema da empresa. Dessa forma, é possível receber alertas sobre exames atrasados, agendar consultas e vacinas, por exemplo. 

“O Nav tem o objetivo de resolver a fragmentação de dados de saúde, um desafio enfrentado em diversos países e histórico do setor”, diz Danilo Zimmermann. O próximo passo, segundo o especialista, é consolidar o modelo de Open Health, que permitirá às pessoas terem acesso a seus dados de saúde integrados, independentemente da rede hospitalar ou diagnóstica que tenha sido usada. “Todo o setor vem discutindo isso, procurando se antecipar às futuras regulamentações. Alguns padrões estão sendo estabelecidos para que os diferentes sistemas possam intercambiar os dados com precisão e eficiência”, informa. “A melhoria da coordenação dos sistemas de saúde traz benefícios para todos os atores – governo, setor privado e, principalmente, para os usuários”, conclui Zimmermann.

Referências:

1 https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/acoes-de-controle/deteccao-precoce.

2 http://www.oncoguia.org.br/conteudo/canceres-associados/13923/1227/HomenscommutacoesBRCA2aumentadoparacancerdepancreas/.

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Terçol: o que é, sintomas, causas e tratamento

O terçol, chamado de hordéolo pelos médicos, é a inflamação de uma das glândulas dos olhos. Sua característica é uma bolinha vermelha que incomoda e, às vezes, coça. Ouvimos alguns oftalmologistas para saber como tratar e evitar esse problema e seus sintomas.

O que é o terçol

A viuvinha ou o hordéolo é uma inflamação que pode ser seguida de infecção por bactérias que ocorre em glândulas que ficam nas pálpebras.

Ela surge na parte interna da pálpebra, na glândula de meibômio (dentro da pálpebra) ou na parte externa (na base do cílio), quando as atacadas são as glândulas de zeis e moll. Essas estruturas são responsáveis pela produção de uma espécie de óleo que ajuda o olho a se manter hidratado e a produzir secreção.

“O terçol nada mais é do que uma inflamação provocada pelo entupimento de uma glândula e que gera sintomas como inchaço e dor. Ela é também a porta de entrada para infecções bacterianas”, esclarece Pedro Ferrari, coordenador do Vera Cruz Oftalmologia, em Campinas, interior de São Paulo.

Mas o que dispara esse quadro? Há alguns motivos, que podem inclusive atuar em conjunto. Em certos casos, o nascimento dos cílios, que se renovam a cada 90 a 120 dias, favorecem o quadro. Em outros, há um excesso de produção daquele óleo ou um mau funcionamento das glândulas. E até ácaros chamados de demodex que habitam nossos poros e gostam de visitar essa região colaboram para a irritação.

Outras causas do terçol

Quando esse problema surge de forma recorrente, cabe fazer uma investigação pormenorizada junto com o oftalmologista. “Pele com rosácea, blefarite [inflamação nas pálpebras], alergias e rinite deixam a região mais sensível e abrem espaço para infecções que disparam o terçol”, lembra Leôncio Queiroz Neto, médico oftalmologista do Instituto Penido Burnier.

A síndrome do olho seco também pode estar por trás disso. “Uma das suas causas é a dificuldade de produzir lágrimas. Porém a mais comum é síndrome do olho seco evaporativa, motivada pela mistura de ambiente seco, poluição, uso de ar condicionado e excesso de tempo olhando para telas”, relata Augusto Vieira, oftalmologista e gerente médico da União Química.

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Usar maquiagem fora da validade ou não remover o produto da forma correta também favorece o quadro. “Tenho atendido pessoas com cílios postiços aqui e os olhos inflamados. Produtos assim colaboram com a obstrução das glândulas”, acrescenta o médico do Instituto Penido Burnier.

Sintomas do terçol

  • Pálpebra inchada e vermelha
  • Geralmente, há uma pequena mancha de pus no centro da bolinha, que dá a sensação de cisco no olho
  • Sensibilidade à luz
  • Crosta ao longo da margem da pálpebra
  • Lacrimejamento
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Terçol é contagioso?

Não por si só. Ele surge em reação a algum processo inflamatório do próprio corpo. “Pense como uma espinha, que não tem como você transmití-la pelo toque”, esclarece Vieira. Mesmo que haja uma infecção, o raciocínio é o mesmo e não é possível ocorrer esse tipo de contágio.

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Diagnóstico

Ao examinar o olho no consultório, o oftalmologista consegue afirmar se é terçol. “Temos aparelhos que servem como um microscópio. Conseguimos ver até onde a inflamação chegou”, pontua Vieira.

Como tratar o terçol

É sempre importante falar com um profissional de saúde para entender o que está originando o terçol. Enquanto a data da consulta não chega, é possível aplicar compressas mornas com gaze e soro fisiológico, três ou quatro vezes por dia, por 15 minutos, para reduzir a inflamação. Para acertar na temperatura, uma dica dos médicos é comprar bolsinhas de água quente específicas para os olhos.

O calor é uma forma de vencer o desconforto. Não à toa, gerações passadas usavam como simpatia passar a aliança de casamento na região. “O ouro ajuda a aquecer, porque transfere a temperatura muito rápido. Mas não é o ideal, uma vez que a joia pode estar contaminada”, lembra Vieira.

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Lembre-se: de maneira alguma toque ou tente estourar a bolinha. “Isso só piora o quadro”, pontua o oftalmologista Pablo Rodrigues, da Clinic Spot, em São Paulo.

Se não melhorar em três ou quatro dias, o médico pode receitar antibióticos e anti-inflamatórios em forma de colírio ou pomada, como ciprofloxacino, dexametasonaprednisolona.

“Casos mais graves e persistentes, que podem durar até 20 dias, têm indicação de remédios de via oral”, completa Queiroz Neto.

Quando o terçol é consequência de outra doença, o caminho do tratamento é diferente. “O mau funcionamento da glândula, por exemplo, é tratado com aplicação de luz pulsada, terapia também indicada contra blefarite intermitente e rosácea ocular ou na pele”, pontua Queiroz Neto.

Agora, caso apresente muitos episódios de repetição, o oftalmologista pode fazer uma biópsia. “Isso ajudará o médico a verificar se há um problema ocular mais sério”, completa Rodrigues.

Consequências da falta de tratamento

Sem o cuidado adequado, o terçol comumente se transforma em um calázio. “Ele resulta da obstrução do canal de uma das glândulas de meibômio”, afirma Queiroz Neto. Caso ele não seja desbloqueado, a pálpebra ganha um nódulo (granuloma) e, aí, é preciso passar por procedimento cirúrgico, que faz uma drenagem com anestesia local.

O calázio não é só uma consequência do terçol, ele pode surgir por conta própria. “O calázio geralmente não é doloroso. É uma protuberância que se desenvolve mais para trás na pálpebra do que um terçol. Ele é causado por uma glândula sebácea obstruída”, explica Rodrigues.

Como se prevenir do terçol?

  • Mantenha as mãos limpas e evite tocar os olhos
  • Lave as pálpebras e a base dos cílios com xampu de PH neutro, como os infantis
  • Retire toda a maquiagem dos olhos antes de dormir
  • Evite maquiar a borda interna das pálpebras
  • Descarte maquiagens e cosméticos vencidos
  • Não compartilhe maquiagem e outros cosméticos
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Terçol: o que é, sintomas, causas e tratamento Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Cuidados odontológicos na UTI reduzem risco de morte durante internação

Cuidar da saúde bucal durante a internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) melhora sua recuperação e reduz o risco de mortalidade durante a internação. Um estudo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, reforçou que a higiene bucal adequada associada ao tratamento odontológico desses pacientes diminuiu em 21,4% o risco de morte. Os resultados foram publicados no American Journal of Infection Control.

A odontologia hospitalar é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia como área de atuação desde 2015, e está se consolidando cada vez mais como uma medida fundamental no tratamento dos pacientes internados, especialmente os entubados. 

“É cada vez mais frequente a publicação de estudos que comprovam e reforçam a relação da saúde bucal com a saúde geral”, diz a cirurgiã-dentista Letícia Mello Bezinelli, coordenadora do Serviço de Odontologia Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein.

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O estudo da USP Ribeirão foi realizado em duas UTIs: uma geral clínico-cirúrgica, que recebe pacientes com doenças crônicas descompensadas ou em pós-operatório, e outra especializada em emergências, que atende pacientes que sofreram algum politraumatismo, por exemplo. 

De acordo com a pesquisa, na UTI clínico-cirúrgica, a mortalidade caiu de 36,28% para 28,52% com a adoção da odontologia hospitalar. Na UTI de emergência, a redução não foi estatisticamente significativa – segundo os pesquisadores, uma explicação seria a diferença do perfil dos pacientes atendidos. 

+Leia também: Já ouviu falar em pré-natal odontológico?

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Porta de entrada de vírus e bactérias

A boca é uma das principais portas de entrada de vírus, bactérias e outros micro-organismos. Nos pacientes internados em UTI sob ventilação mecânica, a sedação e a presença do tubo orotraqueal propiciam a ocorrência de aspiração do conteúdo da cavidade oral para a árvore pulmonar, o que aumenta o risco de pneumonia associada à entubação.

Segundo Letícia, após um período no ambiente hospitalar a microbiota bucal muda e as bactérias se tornam mais patogênicas (com mais poder de causar doenças). No paciente de UTI, o risco de algum problema é maior porque as bactérias se adaptam muito bem à superfície do tubo. 

“Se a higiene bucal não for feita de maneira adequada, o risco dele desenvolver uma pneumonia é altíssimo”, ressalta a cirurgiã dentista.

O que é avaliado?

Engana-se quem pensa que o atendimento odontológico hospitalar se resume à limpeza da boca ou dos dentes do paciente. Os dentistas avaliam, por exemplo, se o paciente tem doença periodontal, algum dente fraturado que possa ser aspirado e sangramentos. Além disso, avaliam a presença de fissuras que possam evoluir para alguma lesão nos lábios, se o paciente usa alguma prótese, se existe alguma cárie, entre outros fatores.

“Nem sempre as condições odontológicas do paciente são boas. E o nosso olhar tem o objetivo de identificar fatores que possam agravar a doença ou dificultar a recuperação do paciente. Por isso é fundamental que o cirurgião-dentista esteja devidamente capacitado”, finaliza Letícia.

*Este conteúdo é da Agência Einstein

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Nasa enviará mais dois helicópteros para Marte

O primeiro helicóptero que a Nasa mandou para Marte, Ingenuity, deu tão certo que a agência espacial enviará mais dois. Eles fazem parte do plano B da missão Mars Sample Return, que pretende trazer para a Terra pedaços de rochas e solo marciano em 2030.

Quem está recolhendo amostras no planeta vermelho, desde 2021, é o rover Perseverance, da Nasa. Ele tem explorado uma cratera chamada Jezero, principalmente o delta de um antigo rio – um bom lugar para procurar indícios de vida microbiana que possivelmente existia em Marte há bilhões de anos.

O Ingenuity pegou uma carona para Marte com o Perseverance. Ele não é nada parecido com os helicópteros que sobrevoam nossas grandes cidades: é uma aeronave pequenina, com hélices de 1,2 metro, e realiza voos autônomos, guiados por sistemas de controle a bordo.

A ideia era que ele fizesse uma série de voos experimentais no planeta vermelho. O desafio  envolve a gravidade significativamente menor e atmosfera rala de Marte em relação à Terra. Até então, o Ingenuity já realizou 29 voos.

Ele também já durou um ano a mais do que o previsto e, por tudo isso, mostrou seu potencial como ferramenta para missões futuras. “É por isso que fazemos demonstrações de tecnologia [como essa]”, disse o chefe de ciência da Nasa, Thomas Zurbuchen.

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Agora, helicópteros semelhantes ao Ingenuity compõem o novo plano para buscar as amostras coletadas pelo Perseverance. O plano original era enviar um novo rover para Marte, construído pela agência espacial europeia (ESA, na sigla em inglês), que coletaria o material e levaria até um módulo de pouso.

O problema é que estudos recentes mostraram que esse rover de busca seria muito pesado para ser enviado junto ao módulo em uma espaçonave – o que colocaria em risco, por exemplo, o pouso disso tudo em Marte. O rover  deveria decolar em uma nave separada, o que, obviamente, tornaria a missão de 2030 mais cara do que o previsto (cerca de US$ 7 bilhões).

O novo plano é eliminar o rover de busca. O Perseverance iria, por conta própria, ao encontro do módulo de pouso enviado pela Nasa, onde braços robóticos construídos pela ESA pegariam os pequenos tubos, um por um. Tudo isso seria resgatado, mais tarde, por outra espaçonave.

Agora, se algo der errado com o Perseverance (e ele não puder se locomover até o módulo de pouso), é aí que os helicópteros entram em ação. Os controladores do rover, aqui na Terra, poderiam instruí-lo a largar suas tão preciosas amostras no chão, e os helicópteros pousariam próximos a elas para resgatá-las e levá-las até o módulo.

A viagem de volta à Terra ainda levaria mais alguns anos. Espera-se que as amostras cheguem aqui em 2033 e então sejam examinadas por cientistas com equipamentos de última geração – que talvez ainda nem existam.

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Erros e acertos ao tomar remédios

Respeitar a prescrição

Parece banal, mas muita gente não toma o remédio receitado direito ou interrompe o tratamento antes da hora. Pesquisas estimam que 50% dos pacientes não seguem as orientações dadas em consultório e 30% nem sequer iniciam o uso do medicamento.

Razões não faltam: negligência dos riscos, medo de reações adversas, dificuldades financeiras, descaso quando os sintomas somem… A má adesão é uma das maiores preocupações dos médicos hoje, especialmente diante das doenças crônicas, cuja piora costuma ser silenciosa por anos.

É o caso da pressão alta: o sujeito se sente bem após tomar os comprimidos por um tempo e larga o tratamento. O perigo? A piora do quadro até uma situação potencialmente fatal, como um infarto ou derrame.

Parar de tomar a medicação antes de completar o esquema previsto é uma questão de saúde pública no contexto dos antibióticos. “O uso incorreto pode provocar resistência bacteriana. E, em uma nova infecção, aquele mesmo medicamento será ineficaz”, explica o farmacêutico Diego Gnatta, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Para melhorar a adesão a qualquer remédio, são bem-vindos lembretes na geladeira e via aplicativos de celular, de preferência com horário e dose combinados com o médico.

+Leia também: Alprazolam: para que serve esse ansiolítico e quais efeitos colaterais

Ficar atento a interações

Um remédio pode interagir com outro ou até mesmo com suplementos ou alimentos, causando efeitos indesejáveis. Exemplo: alguns antidepressivos mexem com a ação de medicamentos para pressão alta e podem gerar crises hipertensivas.

“Já antibióticos diminuem o efeito de contraceptivos, aumentando o risco de uma gravidez indesejada”, conta Stéphanie Guassi, farmacêutica da healthtech Mevo.

Há casos em que a combinação se torna tóxica, como o uso de paracetamol em paralelo à ingestão exagerada de álcool, capaz de provocar danos ao fígado. O ideal é avisar os médicos e o farmacêutico daquilo que você já usa.

Receitas digitais, que vêm ganhando espaço após a pandemia, automatizam e melhoram esse processo. Um estudo da Mevo em cima de 65 mil prescrições eletrônicas mostrou que, após sua implementação, a quantidade de receitas com interação medicamentosa reduziu 33%.

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Formas de administração

Comprimido
Pode ser revestido para absorção imediata ou tardia, e ser até mastigável.

Cápsula
O remédio fica envolto em uma “capa” para ser liberado na parte certa do trato digestivo.

Sachê
O pó geralmente tem dosagem maior que comprimidos e é diluído em água.

Pomada ou creme
Solução para ser espalhada e absorvida na pele ou em mucosas.

Supositório
Introduzido em orifícios como ânus e vagina, dissolve-se com a temperatura corporal.

Spray nasal
Medicação aspirada pelo nariz para agir ali ou ser absorvida pelas vias aéreas.

Adesivo
Disponibiliza a medicação através da pele visando menos efeitos colaterais.

Injeção
Tem a subcutânea, aplicada abaixo da pele, e a intramuscular, que penetra o músculo.

Endovenoso
O medicamento é injetado diretamente na veia, com efeito sistêmico e mais rápido.

Estar com a receita certa na farmácia

Se você já pediu um remédio no balcão e não conseguiu comprá-lo, mesmo ele estando disponível, o problema é da receita. Não estamos falando aqui dos MIPs, os medicamentos isentos de prescrição, mas daqueles que exigem indicação médica. Há diferentes regras e um código de cores a respeitar: o receituário branco “simples” é para remédios livres de um controle formal, enquanto o branco “especial” é voltado aos controlados, como antibióticos.

Já o receituário azul é destinado a psicotrópicos, e o amarelo, a medicações de controle mais rígido, como opioides. Em geral, as receitas têm validade — se o prazo passou, é preciso voltar ao médico.

As tarjas

Sem tarja: são os medicamentos isentos de prescrição (MIPs), vendidos a qualquer um sem restrições.

Amarela: identifica os medicamentos genéricos, de modo a diferenciá-los dos similares e dos de referência.

Vermelha: exigem apresentação de receita assinada, que pode ou não ficar retida na farmácia.

Preta: demandam controle mais rigoroso, pois podem gerar dependência e efeitos colaterais mais sérios.

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Ficar ciente de ingredientes ocultos nos medicamentos

A base de qualquer medicamento é o princípio ativo, a substância por trás do efeito pretendido. Mas ela não costuma vir sozinha: há outros elementos na mistura para formar um comprimido, um xarope ou uma solução injetável.

O professor Diego Gnatta compara a uma receita de bolo, só que, nesse caso, são utilizados os adjuvantes farmacêuticos. A lista inclui sal, açúcar e um monte de aditivos químicos. É muito raro que esses ingredientes desatem reações adversas — mesmo alergias a corantes utilizados em comprimidos não são comuns.

Embora a indústria passe longe dos adjuvantes mais arriscados e venha aprimorando a receita dos medicamentos, há pontos de atenção. O periódico da Sociedade Europeia de Cardiologia publicou recentemente um alerta sobre o sódio escondido em remédios como antiácidos e analgésicos e sua possível repercussão na pressão arterial de pessoas hipertensas.

“Já xaropes costumam conter açúcar e devem ser evitados ou usados com cautela por quem tem diabetes, algo que a embalagem já adverte”, expõe o farmacêutico da UFRGS.

O que também pode ocorrer é um processo alérgico decorrente de uma substância presente na medicação — o organismo interpreta aquilo como algo capaz de lhe causar danos e emite uma resposta de defesa, desencadeando de uma simples coceira e vermelhidão na pele a eventos mais graves como choque anafilático.

É difícil identificar a alergia antes que ela se manifeste. Então, quando perceber sintomas estranhos após a ingestão de um remédio, interrompa o uso e fale com o médico.

+Leia também: Azitromicina: o que é, para que serve, como tomar e cuidados

Entender a diferença entre automedicação e autoprescrição

Quando temos alguma queixa, como uma dor de cabeça, é habitual receber dicas de remédios de parentes e amigos. Mas é preciso ter cuidado e bom senso: tomar fármacos que precisam de receita sem aval médico, prática chamada de autoprescrição, é um comportamento que traz riscos à saúde.

Já a automedicação ocorre quando se faz uso de um medicamento isento de prescrição. “A Anvisa tem critérios para atribuir essa classificação, como o perfil de segurança do medicamento. Os MIPs servem para sintomas identificáveis e esporádicos e oferecem baixo risco de reações indesejáveis”, esclarece Marli Martins Sileci, vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa).

Mas a automedicação não deve virar rotina, já que os MIPs só atacam os sintomas, não a eventual causa de um problema. Gnatta lembra que o perigo de ficar tomando remédio por conta a torto e a direito é postergar o diagnóstico e deixar uma possível doença se agravar. Por isso, lembre-se do slogan: ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.

Saber se é para tomar em jejum ou de barriga cheia

Tudo vai depender do tipo de medicamento, e é dever do profissional que prescreveu dar a orientação adequada. Anti-inflamatórios tendem a causar desconfortos quando ingeridos de barriga vazia — a irritação no sistema gastrointestinal pode ser amenizada quando se engole o fármaco após a refeição, o que reduz seu contato direto com as mucosas do estômago.

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Na contramão, hormônios para a tireoide pedem jejum para que não haja interações que cortem seu efeito. Algumas medicações contam até com recomendações específicas nesse sentido.

Há drogas para osteoporose que, após a ingestão em jejum, exigem que a pessoa não se deite por pelo menos meia hora. O motivo? Evitar um refluxo, já que o medicamento tem substâncias que podem provocar úlceras no esôfago se o uso for incorreto.

Checar se sempre dá para levar o genérico

A rigor, não deveria haver receio em fazer a troca de um medicamento de referência por um genérico. A única diferença, em tese, estaria no nome, já que o princípio ativo é o mesmo. O genérico não é mais barato por ser inferior. Enquanto o medicamento de referência traz embutidos os custos de pesquisa, desenvolvimento e marketing, os genéricos vêm ao mercado em um momento posterior, quando a patente do original expirou e ele pode ser fabricado por outros laboratórios, sem os custos prévios que são repassados ao consumidor.

Os genéricos são registrados na Anvisa como cópias fidedignas daqueles de referência. São eficazes e seguros como os outros”, reforça Gnatta. Ainda assim, não é incomum deparar com médicos que receitam remédios de marca, citando desconfianças ou falta de pesquisas com os genéricos ou mesmo antevendo que o paciente achará que o que lhe foi prescrito será menos efetivo.

Se isso acontecer com você, vale uma boa conversa para entender as razões e, se for o caso, buscar uma segunda opinião. É uma decisão que irá pesar no bolso. Também convém não confundir os genéricos com os similares — cópias do original, mas com marca e, em geral, mais caros.

Outra associação equivocada diz respeito aos biossimilares. Eles não podem ser considerados os “genéricos” dos biológicos: são feitos à imagem do original e se mostram equivalentes, mas nunca idênticos, visto que o processo de fabricação a partir de organismos vivos é mais complexo.

Apesar de diferenças sutis, uma bateria de testes é solicitada para comprovar segurança e eficácia.

As classificações dos remédios

Referência
É o medicamento inovador e original, mais caro e que, após a quebra da patente, pode ser copiado na fabricação de genéricos e similares por outras empresas.

Genérico
Idêntico ao remédio de referência, não pode ter marca, sendo identificado pelo princípio ativo. Sem os custos de pesquisa e marketing, é no mínimo 35% mais barato.

Similar
Tem os mesmos princípios ativos e dosagem dos fármacos de referência e genéricos, mas é comercializado com marca e nome fantasia.

Biológico
É o medicamento inovador e original produzido a partir de um organismo vivo (como células e bactérias), enquanto os demais remédios são sintéticos.

Biossimilar
Medicamento extremamente semelhante ao biológico em que é inspirado, passa por testes de eficácia e segurança para mostrar equivalência.

Descartar os remédios de forma correta

Se for jogar fora um remédio vencido ou mesmo na validade, o correto é levar até um ponto de coleta em farmácias e unidades de saúde. Bulas e caixas de papel podem ir para o lixo reciclável, mas as embalagens primárias, que envolvem os medicamentos e têm contato direto com eles, também devem ser descartadas nesses locais específicos.

Lançar os remédios ou essas embalagens no lixo comum pode gerar contaminação na água e no solo. “Os medicamentos têm substâncias que podem ser tóxicas ou se tornar tóxicas após sua decomposição”, explica Sarah Chaia, líder do Comitê de Sustentabilidade da farmacêutica Roche, que elaborou uma cartilha sobre o assunto.

Além de afetar pessoas que bebem da água contaminada ou se alimentam de animais que vivem nela, o descarte inadequado também coloca em risco quem entra em contato direto com o resíduo, caso de garis, lixeiros e catadores — ainda mais se houver seringa no meio.

Saber se tenho direito a uma medicação

Você pode conseguir remédios de graça pelo SUS ou, de forma gratuita ou a custo mais baixo, pela Farmácia Popular, convênio do governo com farmácias privadas. Quem dita o que entra na lista desses fármacos é a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

“O governo paga uma parte do valor, e o cidadão a outra”, resume a farmacêutica Liliane Barros, professora do Senac-SP. Para usufruir, deve-se procurar drogarias conveniadas e apresentar receita médica e o CPF.

No caso dos planos de saúde, também há um rol de tratamentos que devem ser cobertos de forma obrigatória, formulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quando o médico prescreve uma terapia de alto custo que não consta no rol e o paciente não tem condição de adquiri-la, muitas vezes é preciso recorrer à Justiça para pleitear a incorporação à Rename ou obter autorização especial para uso.

Ainda é possível se informar se já não existe uma alternativa mais barata ao tratamento receitado. “Muitas vezes, é prescrito um produto novo mais caro que não está na rede pública, quando há outros, tão eficazes quanto, obtidos de graça no SUS”, repara Gnatta.

Nunca abrir cápsulas ou cortar pílulas

A forma de administração escolhida para levar um remédio ao mercado não tem apenas a ver com a conveniência de quem vai tomar. Pauta-se também pela garantia de absorção da dose adequada e atuação no local esperado.

Um comprimido revestido ou uma cápsula estão ali para assegurar que o princípio ativo chegue intacto até o lugar desejado, sobrevivendo aos diferentes estágios pelo caminho — desde a passagem pela boca e o contato com o suco gástrico até o destino no intestino.

Ao abrir a cápsula e despejar o conteúdo em água, ou ao triturar um comprimido, você acaba com essa proteção e provoca uma absorção mais rápida, com consequências que variam de acordo com o remédio: anular a ação, provocar desconfortos ou gerar intoxicação.

Quando se quebra um comprimido ao meio, também há o risco de errar a proporção e ficar com princípio ativo de mais ou de menos — a exceção fica por conta de comprimidos que vêm de fábrica com uma demarcação para corte.

Outra questão para ficar de olho é a superfície onde se faz a partilha do medicamento, sujeito a contaminação. Está com dificuldade para ingerir um remédio? Veja com o doutor se não há alternativas.

Guardar direito os remédios

As condições de armazenamento recomendadas são definidas em estudos prévios ao lançamento dos medicamentos, com algumas preocupações por trás — entre elas, garantir a conservação até a data de validade anunciada na embalagem, sem que o remédio perca suas propriedades.

Boa parte dos fármacos pode ser alojada em temperatura ambiente, mas, em um país quente como o nosso, tem que ficar ligado quando passar dos 30 graus. A orientação é deixá-los em locais da casa menos suscetíveis a variações térmicas e longe do sol, de preferência em um armário ou recipiente fechado.

“As pessoas acham que guardar os remédios no banheiro é correto, mas é o local mais inadequado possível”, alerta Liliane. “Ali existe uma frequente alteração de temperatura por causa do chuveiro, além de muita umidade”, justifica a docente do Senac.

Algumas medicações em particular, como a insulina, cobram acondicionamento em geladeira — médicos pedem para retirar alguns minutos antes da aplicação para evitar irritações na pele. Além do cuidado com o remédio em si, é preciso levar em consideração peculiaridades da casa: nunca deixe medicamentos expostos a crianças e animais, por exemplo.

+Leia também: Dexametasona: o que é, para que serve, como tomar e quais os cuidados

Informar-se sobre o que fazer em caso de efeitos colaterais

Antes de tudo, crie o hábito de ler a bula (tem até versão digital). Além de instruções sobre o uso correto do medicamento, ela sempre vai indicar as diferentes reações adversas, comuns e incomuns, registradas ao longo das pesquisas e conforme o remédio foi sendo utilizado na prática.

“Elas ocorrem principalmente em crianças, idosos e pacientes com comorbidades e que usam múltiplas medicações ao mesmo tempo, além de pessoas que exageram na bebida alcoólica”, nota Evandro Félix, diretor de informações médicas da Mevo.

Na maioria das vezes, as medicações provocam efeitos colaterais leves, sem impactos nem motivo de alarme. Mas existem aquelas, caso de algumas empregadas contra o câncer, que provocam reações adversas mais expressivas (náusea, fadiga, queda de cabelo…).

Independentemente do problema em questão, caso o sintoma ou o incômodo se mantenham ou piorem, tem que falar com o médico. “Ele poderá diminuir a dosagem ou receitar outros remédios que amenizam essas reações”, diz Liliane.

Uma situação diferente, e que pede uma ação urgente, é quando há uma alergia ou outro tipo de repercussão mais grave do tratamento. Nesse caso, o mais indicado é procurar um hospital imediatamente.

O que nunca esquecer

Olhar a validade
Fora do prazo, não dá para garantir efeito e segurança esperados.

Manter contato
Algo vai mal no tratamento? Fale com seu médico.

Levar em viagens
Confira regras de transporte e se há no local de destino.

Ler a bula
A forma mais completa e ágil de tirar dúvidas sobre a ação e reação da droga.

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