O aciclovir serve para tratar infecções causadas pelo vírus da herpes, tanto a genital como a oral. O mesmo remédio também é usado para conter o herpes-zóster. A forma de tomar o medicamento, as doses e a quantidade de dias variam, inclusive porque há a versão em comprimido e a pomada. O remédio pode provocar fadiga, febre e coceira na pele, entre outras reações adversas.
Essa fórmula é comercializada por diferentes farmacêuticas e pode ser encontrada nas prateleiras pelos nomes de Virotin, Aciclofar, Zovirax e Ziclovir, entre outros, ou até por aciclovir, como genérico.
Saiba mais:
O que á o aciclovir e para que ele serve?
Esse medicamento integra o tratamento de infecções causadas pelo vírus herpes simplex – que provoca as herpes dos tipos genital e oral – e do varicela-zoster, causador do herpes-zóster.
“O aciclovir é amplamente utilizado por bloquear a multiplicação desses vírus“, explica farmacêutica do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia (Cebrim/CFF). Esses inimigos da saúde em geral atacam e provocam sintomas em mucosas (como boca, olhos e órgãos genitais), na pele e no cérebro.
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A profissional reforça que esse medicamento não evita a reinfecção ou transmissão de herpes genital.
Mas ele às vezes é indicado na prevenção de herpes em imunocomprometidos. É que esse vírus fica latente no organismo – uma vez que você pega, não se livra dele. Aí, quando há uma baixa do sistema imune por causa de uma doença ou uma cirurgia, por exemplo, ele pode voltar a se manifestar.
“No imunossuprimido, essa baixa é uma constante, por isso utilizamos o remédio de forma preventiva, com duas ou até cinco doses ao dia, dependendo de casa caso”, esclarece a infectologista Giovanna Sapienza, do Centro de Prevenção Meniá.
Esse cuidado ocorre porque pode haver casos graves de herpes nesse grupo. E mesmo as situações menos problemáticas geram muitos incômodos, de acordo com Giovanna.
Como tomar o aciclovir?
A posologia descrita na bula indica doses diferentes de comprimidos de acordo com as seguintes situações:
- Tratamento de herpes simples: um comprimido de 200 mg, cinco vezes ao dia, com intervalos de quatro horas (sem precisar tomar durante a noite), por pelo menos cinco dias. A dose pode aumentar em casos de pessoas imunocomprometidas
- Tratamento de herpes-zóster: um comprimido de 800 mg, cinco vezes ao dia, com intervalos de quatro horas (sem precisar tomar durante a noite), por, pelo menos, sete dias
Pomada e comprimido podem ser utilizados de forma simultânea se o médico julgar necessário, mas suas funções são diferentes. E, apesar dessa indicação presente nas bulas, é sempre importante discutir o seu caso com um profissional de saúde.
Como o comprimido se dissemina pela corrente sanguínea, seu uso é mais amplo. Já a pomada tem ação local, principalmente na prevenção e no tratamento das lesões visíveis.
Há ainda a pomada oftálmica, indicada para o tratamento de ceratite. Essa é uma inflamação da córnea associada à infecção pelo herpes simplex.
“Já uadros graves necessitam de tratamento endovenoso para garantir que a medicação está chegando na concentração adequada nos locais da infecção”, pondera Paulo Gewehr Filho, infectologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Quanto tempo dura o tratamento?
Isso depende da condição clínica do paciente. A média de é de três a dez dias de tratamento.
“São muitas as variáveis que determinam o tempo de tratamento. Precisamos saber se é o primeiro episódio, quais são as respostas na melhora dos sintomas e estado de saúde do indivíduo. Além disso, há o uso preventivo e contínuo para evitar recorrências em situações específicas”, pontua Gewehr Filho.
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Quais são os principais efeitos colaterais?
Há mais relatos de fadiga, febre, coceira na pele, náusea, vômito, diarreia e dores abdominais. Os indivíduos que possuem doença renal podem sentir dor de cabeça e tontura. Quem usa o creme pode sentir ardência, coceira ou um leve ressecamento na pele.
Esses sintomas são simples e transitórios, segundo Gewehr Filho. Apenas raramente há alterações renais significativas.
O acompanhamento se torna mais relevante quando há uso prolongado do aciclovir.
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Aciclovir: o que é, para que serve e como tomar esse medicamento Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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