Animais não podem descrever o que se passou em suas mentes depois que acordam, claro, mas todas as evidências registradas pela ciência indicam que sim.
Pesquisadores têm investigado se a atividade no cérebro de outras espécies se parece com a do nosso quando adormecemos, e se o comportamento físico também tem semelhanças. Assim, já identificaram uma série de coincidências.
O sono não-REM (sem sonho) é um dormir mais primitivo, quando respiração e batimentos cardíacos ficam mais leves, e os músculos relaxam. Ele é compartilhado por basicamente todos os animais – foi identificado até em moscas. Mas é no sono REM (rapid eye movement, “movimento rápido dos olhos”, em português) que vem o sonho: quando pegamos nossas experiências de vida e as remodelamos num filme surreal dentro das nossas mentes.
Características fisiológicas e comportamentais desse sono já foram observadas em muitos mamíferos – cães, felinos, roedores – e até em pássaros.
Além do tal movimento dos olhos, os bichos têm maior atividade cerebral nessa fase REM, se mexem bastante, têm variações nas atividades respiratória e cardiovascular, e podem manifestar estados de excitação. Igualzinho a gente quando sonha.
Pergunta de Giovanna Zanardi, via email.
Fontes: Matthew Wilson, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em entrevista ao Gizmodo; David Peña-Guzmán, autor de “When Animals Dream: The Hidden World of Animal Consciousness”, em entrevista à Vice.
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