sexta-feira, 14 de abril de 2023

ChatGPT na saúde. O que nos espera?

Lançado no final de 2022, o ChatGPT ganhou os holofotes não apenas dos especialistas em tecnologia, mas também do público em geral – imagino que você tenha sido bombardeado sobre o tema.

Em linhas gerais, trata-se de uma ferramenta de inteligência artificial que faz uso de um processamento de linguagem natural.

A partir de interações com milhares de pessoas em todo o mundo, o ChatGPT atua por meio de perguntas e respostas dos mais diversos segmentos, desde receitas culinárias, passando por questões políticas ou problemas matemáticos e estatísticos.

Como não poderia ser diferente, o setor de saúde também tem discutido a novidade.

Apesar do uso de chatbots já ser relativamente comum no mundo da saúde, o ChatGPT eleva as conversas digitais para um novo patamar.

Isso porque faz uso do OpenIA, gerando conversas cada vez mais fluidas e de maneira muito próxima à humana – e aqui quero destacar a palavra “próxima”, pois nada se compara ao cuidado humano.

Também é muito importante destacar que se trata de uma inovação em constante desenvolvimento, ou seja, não há nada “gravado em pedra” e, portanto, ainda seremos impactos por muitas alterações e novidades.

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Como uma das áreas que mais reúne uma quantidade representativa de dados, a saúde tende a fazer cada vez mais uso de recursos como esse.

Aqui também vale discutirmos que, quando afirmamos que o ChatGPT é capaz de gerar conversas fluidas, é preciso deixar claro que a ferramenta apenas faz um cálculo de probabilidade das palavras que devem vir a seguir, construindo textos lógicos e plausíveis. Entretanto, ainda há chances de erros.

Por isso, listo abaixo alguns pontos que devem se destacar no uso do ChatGPT nos próximos anos:

  • Análise de sintomas em menos de um segundoComo o ChatGPT é capaz de reunir e analisar um sem limite de informações no ambiente digital, os médicos conseguem fazer pesquisas sobre milhares de sintomas em menos de um segundo.Para o paciente, isso representa ganho de tempo e análises cada vez mais assertivas, favorecendo a cura de diversas doenças;
  • Paciente 5.0 de forma clusterizadaAinda por meio dos dados que o ChatGPT pode analisar, a classe médica conseguirá categorizar os dados dos pacientes em um formato mais automatizado, dando espaço para promover uma conexão cada vez mais personalizada e humana para o novo paciente;
  • Erros mitigadosComo o ChatGPT se aprimora a cada interação, há uma vasta troca de conhecimento e, consequentemente, a possibilidade de mitigar erros médicos. Com o novo recurso, será possível evitar problemas de diagnósticos e promover tratamentos cada vez melhores para toda a sociedade.

Não podemos esquecer que o ChatGPT ainda precisará passar por regulamentação para discutir direitos autorais, acesso e uso de dados e também definições sobre responsabilidade de uso.

Portanto, acredito que o ChatGPT e até mesmo outros recursos que veremos surgir nos próximos anos poderão ser muito bem aplicados para aprimorar cada vez mais a saúde em todo o mundo.

O importante é termos em mente que, muito antes das inovações e tecnologias, os profissionais de saúde devem manter a essência daquilo que fazem de melhor: oferecer acolhimento, um olhar humano e, claro, o exercício ético da profissão.

*Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile.

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