Metade das pessoas com diabetes já tentou algum tipo de terapia sem eficácia comprovada para a doença. É o que mostra uma revisão publicada no European Journal of Pharmacology em cima de 38 estudos conduzidos pelo mundo.
Para piorar, em 21% dos casos os indivíduos abandonaram o tratamento prescrito, e em 67% das situações o uso da abordagem alternativa não foi informado ao médico. “O achado indica problemas de comunicação entre profissional e paciente, que deveriam ter uma relação de cumplicidade”, diz o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, que já comentou o levantamento em sua coluna no site da VEJA SAÚDE.
A falta de acolhimento e a vergonha de perguntar abrem caminho a soluções sem nenhuma base científica.
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De olho nas provas
Soluções naturais também não são inofensivas. Não dá para apostar nelas sem evidências de benefício e segurança.
Chás e garrafadas: Couri aponta as infusões de ervas como a tática “paralela” mais adotada no Brasil para baixar a glicose. Algumas podem fazer mal e atrapalhar a ação dos remédios.
Homeopatia: Ela foi uma das campeãs em menções no estudo internacional, mas não há evidências científicas de que atue contra o diabetes — ou em outras doenças.
Acupuntura: Por aqui as agulhadas não são muito difundidas para essa finalidade, mas lá fora sim. De novo, faltam pesquisas e provas do seu benefício.
Curas espirituais: O principal problema delas é que alguns rituais só podem ser feitos em detrimento dos tratamentos oficiais, o que pode agravar o quadro da pessoa.
Tem diabetes? Atenção ao que não tem evidência Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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