quarta-feira, 1 de junho de 2022

Arqueólogos encontram 250 sarcófagos de 2,5 mil anos no Egito

A necrópole de Saqqara, a cerca de 25 quilômetros de Cairo, no Egito, tem sido alvo de escavações desde 2018. E é lá que, recentemente, arqueólogos encontraram 250 sarcófagos e cerca de 150 estatuetas de bronze. A descoberta foi divulgada na segunda-feira (30) pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do país.

Os sarcófagos de madeira pintada ainda estavam selados e guardam múmias bem preservadas. Assim como o restante dos artefatos encontrados, eles datam de cerca de 2,5 mil anos atrás – no chamado Período Tardio do Antigo Egito. É a primeira vez que objetos dessa época são encontrados em Saqqara.

A maioria das estatuetas de bronze representam antigos deuses egípcios, como Anúbis, deus dos mortos representado pela cabeça de um chacal; Ísis, relacionada à maternidade e fertilidade; ou Nefertem, um jovem deus associado à flor de lótus. (Você pode conferir quem são as principais divindades egípcias nesta matéria).

Entre os objetos encontrados em Saqqara está uma estatueta sem cabeça de Imhotep, médico e arquiteto egípcio que foi adorado como um deus após a morte.NurPhoto/Getty Images
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Os arqueólogos também encontraram estatuetas de gatos, vasos de bronze, máscaras de madeira decoradas e duas estátuas de madeira das deusas irmãs Ísis e Néftis. Elas são representadas como protetoras de um caixão – uma delas ficaria próxima à cabeça do falecido, a outra aos pés. Segundo Mohammed Al Saidi, diretor das escavações, as figuras estão em uma posição conhecida como “os enlutados”.

As estátuas das deusas Ísis e Néftis têm o rosto decorado com camadas de folha de ouro.NurPhoto/Getty Images

Junto às estátuas de madeira também foi encontrado um rolo de papiro que parece ter aproximadamente dez metros de comprimento. O material foi levado a um laboratório de pesquisa do Museu Egípcio, no Cairo, para ser desenrolado, restaurado e analisado. 

Por enquanto, os pesquisadores suspeitam que o papiro contenha trechos do Livro do Mortos. Apesar do nome, tratava-se de uma coleção de textos tradicionalmente colocados em câmaras funerárias que ajudariam a guiar uma pessoa para a vida após a morte.

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