Essenciais dentro do sistema de saúde, a partir 2020 os hospitais precisaram se reinventar de maneira global, seja nas práticas de gestão, seja na provisão do estoque e de equipamentos e, até mesmo, no uso da telemedicina, para garantir mais acesso aos brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Nessa verdadeira operação de “guerra”, a tecnologia foi fundamental e marca um grande avanço no cuidado. E hoje, no Dia do Hospital, a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, relembra a data, criada em 1961 como reconhecimento e celebração da inauguração das novas instalações da Santa Casa de Misericórdia de Santos, o mais antigo hospital do país, criado em 1543 pelo fidalgo português Brás Cubas.
Como maior rede integrada de saúde do Brasil, a Dasa tem papel protagonista nessa mudança na cultura e na gestão hospitalar. “Nos fortalecemos como a segunda maior rede privada hospitalar do país e, hoje, a unidade de Hospitais & Oncologia é fundamental no nosso modelo de negócio, que privilegia alta complexidade, excelência em gestão, eficiência e desfecho clínico”, afirma Emerson Gasparetto, diretor-geral de negócios hospitalares e oncologia da companhia.
Nos últimos três anos, a empresa, que cuida da jornada de mais de 23 milhões de pessoas por ano, triplicou o número de hospitais e dobrou a quantidade de leitos, chegando a 15 unidades e mais de 3 600 leitos. A nova organização operacional busca oferecer um cuidado integrado por todo o Brasil e pauta suas ações em inteligência de dados, tecnologia, sustentabilidade e humanização.
Melhor desfecho e eficiência clínica
A Dasa está presente em todas as etapas da jornada da saúde, fazendo a sua gestão por meio de um modelo que integra o cuidado. “A integração dos hospitais em nosso ecossistema implica uma simbiose que gera valor para todos: pacientes, médicos e toda a cadeia”, ressalta Emerson Gasparetto.
Outro foco tem sido aprimorar processos e reduzir custos. “No início de 2021, contratamos um engenheiro de aviação para fazer a gestão dos leitos, por meio do Núcleo de Operações e Controle. São 14 painéis com indicadores em que é possível saber, por exemplo, previsão de alta de pacientes, liberação de leitos em tempo real, entrada e saída de pacientes nas unidades de internação, centros cirúrgicos e pronto atendimento, no show, e atrasos na realização ou na entrega de resultado de exames. Isso contribuiu para que aumentássemos em 20% nossa capacidade operacional”, exemplifica Gasparetto.
A otimização é vista também na eficiência clínica, como na jornada dos pacientes cirúrgicos. A Dasa adotou as diretrizes do projeto ERAS (acrônimo para Enhanced Recovery After Surgery), reduzindo o tempo de permanência de pacientes na unidade depois de cirurgias. A metodologia, usada inicialmente em procedimentos do intestino grosso, está, agora, sendo ampliada para mais modalidades e, junto a ela, há também a implementação de novas tecnologias: a companhia está desenvolvendo um algoritmo que informa o cirurgião pelo seu celular se o paciente apresenta risco maior de manifestar tromboembolismo pulmonar. “Dependendo do caso, a equipe executará protocolos de cuidados específicos, tranquilizando o paciente, a família e o próprio cirurgião”, exemplifica o executivo.
Outro ponto de investimento são os casos de alta complexidade. “Quando nossa rede detecta um diagnóstico de câncer, por exemplo, conseguimos acompanhar o cuidado desse paciente por nossos hospitais, diminuindo sensivelmente o gap para o início do tratamento. Isso melhora o desfecho, aumenta a qualidade de vida e reduz custos para todos os parceiros”, diz.
Conheça alguns hospitais de excelência da Dasa no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília.
Referência em transplantes de medula óssea
Eleito recentemente pela revista Newsweek como o quarto melhor hospital do Rio de Janeiro e único da região nordeste fluminense, o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) integra todas as etapas do cuidado com o paciente. Localizado na região metropolitana, é referência em transplantes de medula óssea e ocupa posição de destaque entre os maiores centros transplantadores da América Latina, com o maior volume de transplantes do Rio de Janeiro. A Unidade de Transplante do CHN é um centro de excelência único em sua infraestrutura (com filtro HEPA e pressão positiva) para prevenção de infecção em pacientes imunossuprimidos, adultos e pediátricos.
Ainda sobre transplantes, na linha de hepatologia, o CHN recentemente atingiu o marco de realizar uma série de transplantes de fígado em crianças abaixo de 10 quilos. Um feito que o posiciona entre os quatro hospitais de referência do país e único representante na rede particular do Rio de Janeiro.
Também merecem pauta na missão de salvar vidas os resultados na cardiologia de alta complexidade e cirurgia cardíaca. O CHN se tornou referência em todo o país em medicina fetal de alta complexidade, com uma unidade capaz de cuidar da saúde fetal e realizar procedimentos cirúrgicos em casos de cardiopatias congênitas, como a cirurgia de Jatene e o tratamento da síndrome do coração esquerdo hipoplásico (cirurgia de Norwood), um dos defeitos cardíacos mais complexos vistos em recém-nascidos.
Para o dr. Felipe Ribeiro, diretor médico do CHN, esses resultados revelam o esforço de toda a equipe hospitalar. “O grande diferencial está em poder avaliar, de forma estratégica e com competência técnica, toda a jornada do paciente dentro da rede e oferecer soluções para o melhor desfecho clínico, do feto ao idoso”, explica.
Potência em transplantes de múltiplos órgãos no Rio de Janeiro
Também no Rio de Janeiro, o Hospital São Lucas Copacabana é referência em alta complexidade, sobretudo em transplantes de múltiplos órgãos e cardiologia. É habilitado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) a realizar procedimentos de fígado, rim, pâncreas-rim, coração, pulmão, medula óssea, musculoesquelético e transplante multivisceral.
Em 2021, o hospital foi o primeiro da América Latina a realizar um transplante triplo – o professor de jiu-jítsu José Honório da Silva Filho, de 56 anos, recebeu coração, fígado e rins. O procedimento envolveu cerca de 20 médicos e salvou a vida do paciente, que sofria de falência renal, doença hepática e insuficiência cardíaca e, em apenas um mês, voltou à prática do esporte. “O pioneirismo sempre esteve presente em nossa rotina assistencial e na realização de procedimentos de altíssima complexidade. Temos as melhores equipes de especialistas em transplantes, que, aliados à tecnologia e segurança de que o hospital dispõe, impactam positivamente o desfecho clínico”, afirma a dra. Maria Aparecida Gusso, diretora médica do São Lucas Copacabana. No currículo, também está a inovadora técnica de transplante de fígado de doador vivo em pacientes com metástase hepática ou colorretal.
Hospital Nove de Julho: cirurgia robótica e sustentabilidade
Com 67 anos de tradição e referência em medicina de alta complexidade em São Paulo, o Hospital Nove de Julho tem destaque nas áreas de neurologia, oncologia, onco-hematologia, gastroenterologia, urologia, trauma e ortopedia. São 2 500 colaboradores e 5 000 médicos cadastrados, 470 leitos e centro cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, incluindo duas salas híbridas (com equipamento de hemodinâmica e ressonância magnética) e três para robótica, como a Sala Inteligente, que permite a realização de cirurgias em sequência.
“Há dez anos oferecemos procedimentos em cirurgia robótica. Essa técnica minimamente invasiva revolucionou a forma de se fazer cirurgias com excelentes resultados, como recuperação mais rápida do paciente, menos sangramento e menor risco de infecções. Atualmente realizamos cerca de 1 300 cirurgias robóticas por ano em diversas especialidades”, diz o dr. Bruno Pinto, diretor-geral do hospital, que possui certificação internacional de qualidade da mais importante acreditadora do mundo, a Joint Commission International (JCI), desde 2012. “Contamos com equipes médicas e assistenciais altamente capacitadas, que atuam com o cliente sempre no centro do cuidado, e equipamentos de última geração.”
Referência também em sustentabilidade, no início da pandemia de Covid-19 o hospital passou a utilizar aventais reutilizáveis, feitos de tecido com hidrorrepelência. O equipamento passa por um processo de impermeabilização para permitir o reúso e possui tecnologia de chip RFID, que permite o rastreamento. Após dois anos do início da pandemia, foram quase 2 milhões de aventais descartáveis economizados, representando mais de 95 500 sacos de lixo de 100 litros de resíduos infectantes que iriam para tratamento e depois para o aterro sanitário.
Hospital Santa Paula: Centro de Medicina Especializada
O Hospital Santa Paula tem como foco a medicina de alta complexidade, com atendimento especializado em diversas áreas. Seu principal destaque é o Instituto de Oncologia Santa Paula (IOSP), que conta com um prédio exclusivo para o atendimento de pacientes oncológicos, com consultórios, centro de infusão e radioterapia. O hospital possui 180 leitos, sendo 48 deles destinados especificamente à terapia intensiva, e 11 salas cirúrgicas.
Em 2012, ele foi creditado pela Joint Commission International e é certificado como um hospital totalmente digital no mais alto grau (Analytics, estágio 7) pela Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), uma das associações internacionais de maior prestígio mundial no setor de saúde.
Com o intuito de melhorar sempre a experiência do cliente, inaugurou recentemente o Centro de Medicina Especializada, prédio ambulatorial exclusivo para consultas e exames, ampliando então o número de leitos de UTI e entregando uma unidade exclusiva para o cuidado de pacientes de cirurgia bariátrica e tratamento de obesidade. Além disso, o Hospital Santa Paula é participante de diversos estudos científicos e pesquisas e tem contribuído para a formação de jovens médicos – em 2021, iniciou uma nova turma de residência médica em neurocirurgia.
Hospital Brasília: referência internacional
Fundado em 1987, o hospital, localizado no Lago Sul, é centro de referência de alta performance em saúde, com infraestrutura, tecnologia e equipes capacitadas para emergências, atendimentos eletivos e de alta complexidade. Em 2018, foi o primeiro hospital do Distrito Federal a receber a certificação internacional Diamante Qmentum Global/Metodologia Canadense, além da certificação em ONA 3.
A instituição segue protocolos internacionais na área de acidente vascular cerebral e dor torácica, realiza transplantes de fígado, coração e rim e possui uma unidade de transplante de medula óssea. Também conta com centro de robótica, UTIs adulto e pediátrica e um completo centro de diagnóstico, com laboratórios, diagnóstico por imagem e abordagem intervencionista nas áreas de neurologia, cardiologia e vascular.
“Nós últimos anos temos passado por grandes transformações em todas as áreas da instituição, em estrutura física, desenvolvimento de pessoas, mas notadamente em processos que envolvem qualidade e segurança do paciente”, relata a dra. Maria de Lourdes Worisch, diretora médica do Hospital Brasília. “Investimos em uma melhor jornada do paciente, tecnologia, automação e um time de alta performance.”
Maternidade Brasília: única maternidade exclusiva do Distrito Federal
Já a Maternidade Brasília, criada em 2012, tem como foco a assistência da saúde da mulher, com atendimentos especializados em ginecologia, obstetrícia e neonatologia e atende exclusivamente o público feminino. Conta com uma das maiores UTIs neonatais do Distrito Federal, além de UTI materna voltada para o atendimento de gestantes de alto risco.
A maternidade acredita que o atendimento humanizado, que envolve família e acompanhantes, melhora a saúde e a qualidade de vida de todos os pacientes. Por isso, incentiva o aleitamento materno na primeira hora de vida, permite a visita dos pais 24 horas na UTI neonatal e conta com equipe de anestesia altamente capacitada em analgesia durante o trabalho de parto.
Para esclarecer dúvidas das gestantes e avós ao longo da gestação, a Maternidade Brasília oferece curso de gestantes e avós.
“A gestação é uma fase de muitas angústias e incertezas, e, por isso, temos um momento muito especial em que mães, pais e os avós podem tirar dúvidas e buscamos aproximar as mães dos nossos serviços e corpo técnico”, explica o diretor médico da Maternidade Brasília, Matheus Beleza.
A Maternidade Brasília conta com estrutura de ambulatórios onde são realizadas consultas de pré-natal, ginecologia e pediatria. Nessa unidade fica o Setor de Medicina Materno-Fetal, em que ocorrem consultas de rastreamento de doenças fetais e de orientação nos casos já diagnosticados e que necessitam de seguimento especializado.
Hospital Brasília Águas Claras: tecnologia como aliada na jornada do paciente
O Hospital Brasília Unidade Águas Claras é o mais novo e maior complexo hospitalar da Dasa no Distrito Federal. É um hospital geral de alta complexidade, que tem como missão oferecer a melhor experiência ao paciente, aliando tecnologia de ponta e compromisso com o meio ambiente.
São 37 600 metros quadrados de área construída, com 265 leitos e pronto-socorro com capacidade para 20 000 atendimentos por mês. Seu centro médico tem dez andares, com 120 consultórios, 12 salas de cirurgia e um centro de diagnóstico por imagem, além de equipamentos de ponta. Inaugurado há pouco mais de dois anos, o Hospital Águas Claras já é referência na região.
“Somos um centro de atendimento integrado que tem o hospital, um laboratório e uma unidade diagnóstica em um único lugar físico. Do ponto de vista de estrutura organizacional, estamos preparados e atuamos de acordo com nossa expertise, que é navegar pacientes pelo hospital”, conta o diretor-geral do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, o cirurgião torácico Júlio Mott. Como exemplo prático dessa navegabilidade, o especialista explica: “Um paciente vai ao pronto-socorro, é atendido pelo médico, que faz uma avaliação clínica e, se necessário, solicita exames, como uma tomografia. Esse exame é feito lá na unidade e o resultado, analisado por um algoritmo, pelo radiologista e pelo médico. A depender do resultado, há uma avaliação de risco e um contato com o paciente, e ele é encaminhado para o centro de cardiologia, que também fica unidade. Ou seja, o paciente consegue fazer toda a jornada de cuidado: passar pela consulta, fazer tomografia, cateterismo, cirurgia e acompanhamento pós-operatório e ambulatorial na estrutura física hospitalar e médica”. Segundo o diretor, essa estrutura do sistema, além de facilitar a vida do paciente, proporciona a gestão de toda a linha de cuidados.
Outro ponto forte da Unidade Águas Claras é a pediatria. São 20 leitos de UTI infantil e atendimento exclusivo com pronto-socorro pediátrico, garantindo mais segurança para as crianças e para a família. Conta, ainda, com equipamento de ressonância de última geração e um completo centro de hemodinâmica.
Para o cirurgião, “outro diferencial importante são os protocolos gerenciados para algumas doenças específicas, como dor torácica, AVC e sepse, por exemplo. Os pacientes com essas enfermidades têm uma trajetória diferenciada dentro do hospital por conta da gravidade e em virtude de necessitarem de um tempo de atuação muito ágil. Estamos dentro de níveis de excelência e de qualidade comparáveis com os grandes serviços do mundo”.
O Hospital Brasília Unidade Águas Claras acaba de inaugurar um centro oncológico – um andar inteiro está separado para o atendimento dos pacientes com câncer, o que proporciona um ambiente acolhedor e confortável, sob a coordenação do reconhecido oncologista Gustavo Fernandes.
Dia do Hospital: tecnologia, cuidado e sustentabilidade Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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