O processador M1 Max, recentemente apresentado pela Apple, espantou pelo tamanho: tem 57 bilhões de transistores, ou seja, é dez vezes maior do que uma CPU comum (porque também tem uma GPU, “placa de vídeo”, dentro).
Mas o chip WSE2 (Wafer-Scale Engine 2), da empresa americana Cerebras, é ainda mais gigantesco: tem 2,6 trilhões de circuitos, distribuídos por 850 mil núcleos de processamento. Compare isso com as CPUs comuns, de 4, 8 ou 16 núcleos.
Os núcleos do chip Cerebras são mais simples, porque foram projetados para rodar um tipo específico de tarefa: simulações de machine learning (tipo de inteligência artificial em que a máquina aprende alguma coisa sozinha, por tentativa e erro).
Os chips de computador são feitos em placas de silício chamadas de wafers. É normal que os wafers apresentem pequenos defeitos – os pedaços com problema simplesmente são cortados e jogados fora. A novidade é que a Cerebras descobriu um jeito de fazer um wafer inteirinho sem nenhum defeito; e é por isso que o processador dela pode ser tão grande.
O WSE2 é vendido dentro de um supercomputador, também fabricado pela Cerebras, que pode substituir dezenas ou centenas de servidores convencionais. A vantagem é que, como as informações ficam todas dentro de um só chip, ele é muito mais rápido: seus núcleos de processamento são capazes de compartilhar entre si até 220 petabits de dados por segundo, 10 mil vezes mais do que em um computador comum.
Conheça o chip com 2,6 trilhões de circuitos Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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