quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Família processa empresa por pirataria de células

Em 1951, Henrietta deu entrada no hospital Johns Hopkins, em Baltimore, para se tratar de um câncer de útero. Era um dos poucos estabelecimentos que aceitavam negros como ela. A paciente chegou a ter alta, mas a doença progrediu e ela morreu em outubro, aos 31 anos.

Sem que Henrietta ou sua família soubessem, os médicos do hospital preservaram um pedaço do tumor. As células cancerosas têm a capacidade de se reproduzir indefinidamente, e isso foi feito com a amostra de Henrietta. Ela foi cultivada em laboratório e se tornou um produto: as células HeLa (iniciais da paciente), que até hoje são comercializadas por várias empresas de biotecnologia para uso em testes e experiências.

Elas se tornaram uma ferramenta central para as pesquisas médicas. Mas a família de Henrietta, que se manteve na pobreza, não recebe nada por isso. Agora, os herdeiros entraram na Justiça dos EUA contra a Thermo Fisher, uma multinacional que fatura US$ 35 bilhões por ano com insumos médicos – incluindo as células HeLa. A família também pretende processar outras empresas que comercializam o produto. “Nós vamos retomar o legado de Henrietta, 70 anos depois”, disse Ron Lacks, um dos netos dela. 

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