Em 1951, Henrietta deu entrada no hospital Johns Hopkins, em Baltimore, para se tratar de um câncer de útero. Era um dos poucos estabelecimentos que aceitavam negros como ela. A paciente chegou a ter alta, mas a doença progrediu e ela morreu em outubro, aos 31 anos.
Sem que Henrietta ou sua família soubessem, os médicos do hospital preservaram um pedaço do tumor. As células cancerosas têm a capacidade de se reproduzir indefinidamente, e isso foi feito com a amostra de Henrietta. Ela foi cultivada em laboratório e se tornou um produto: as células HeLa (iniciais da paciente), que até hoje são comercializadas por várias empresas de biotecnologia para uso em testes e experiências.
Elas se tornaram uma ferramenta central para as pesquisas médicas. Mas a família de Henrietta, que se manteve na pobreza, não recebe nada por isso. Agora, os herdeiros entraram na Justiça dos EUA contra a Thermo Fisher, uma multinacional que fatura US$ 35 bilhões por ano com insumos médicos – incluindo as células HeLa. A família também pretende processar outras empresas que comercializam o produto. “Nós vamos retomar o legado de Henrietta, 70 anos depois”, disse Ron Lacks, um dos netos dela.
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