A cetamina é um anestésico potente, que foi lançado nos anos 1970. Na década passada, estudos mostraram que ela pode ser eficaz contra a depressão persistente, que não se resolve com outros medicamentos, e a droga passou a ser utilizada com esse fim: em 2019, a Johnson & Johnson até criou uma variação, a escetamina (comercializada, inclusive no Brasil, com o nome de Spravato).
Mas ambos os medicamentos só podem ser usados sob supervisão médica: o paciente deve ir até um hospital ou clínica para tomá-los, e ficar em observação por no mínimo 2 horas antes de ir embora. Isso porque a cetamina tem outro lado: pode provocar alucinações e causar dependência.
Tanto é assim que acabou se transformando em droga recreativa nos EUA – onde sua versão ilegal é conhecida pelo apelido “Special K” (do inglês ketamine). Só que as autoridades americanas liberaram a cetamina para uso em casa: ela é vendida na forma de tabletes sublinguais, oferecidos por várias empresas.
São mais baratos do que o tratamento convencional, em clínica. Mas têm despertado o receio, em alguns médicos, de que possam criar uma onda de abuso e vício – como aconteceu após a liberação dos opioides para uso doméstico.
EUA liberam cetamina para uso doméstico Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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