Considerada uma das melhores dietas do mundo, a dieta flexitariana, ou semi-vegetariana, estimula o consumo de frutas, vegetais, grãos e cereais integrais, sem excluir o consumo de carne – a ideia é focar na redução. E é justamente essa característica mais flexível (daí o nome desse padrão alimentar) que agrada seus adeptos.
Em muitos casos, ela é vista como uma dieta de transição para o vegetarianismo ou veganismo e, de forma geral, possui as mesmas motivações associadas a esses padrões: preocupação com a prevenção de doenças, com a preservação do meio ambiente e com o bem-estar animal ou, ainda, respeito a crenças religiosas que sugerem evitar o consumo de alguns produtos de origem animal.
Embora a redução do consumo geral de carne seja a principal característica do flexatarianismo, subgrupos de adeptos a essa dieta podem optar por:
- Diminuir somente o consumo de aves, com o objetivo de reduzir o número de animais destinados à alimentação humana
- Maneirar apenas no consumo de carne bovina e ovina (carneiro, cordeiro e ovelha) para uma porção por semana, com objetivo de amenizar o impacto ambiental relacionado à produção de gases de efeito estufa pelos ruminantes
- Cortar em 50% o consumo de todos os tipos de carnes, com foco nos benefícios associados à saúde, ao meio ambiente e ao bem-estar animal.
Foco na saúde: conheça os benefícios da dieta flexitariana
Comer mais frutas, legumes, verduras, grão e cereais integrais é a regra básica de qualquer dieta focada em melhorias para a saúde e prevenção de doenças.
Por essas características, já se espera que a dieta flexitariana possa trazer benefícios. No entanto, ela se destaca também pelo incentivo à redução do consumo de carne vermelha.
As carnes em geral, mas principalmente as de vaca, porco, cordeiro e vitela, quando consumidas em excesso, aumentam os riscos para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças do coração, AVC e câncer.
Alguns estudos, então, sugerem que a adoção de uma dieta com mais vegetais e menos carne está associada a:
- Perda e manutenção de peso a longo prazo;
- Redução do risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial;
- Redução do risco de diabetes;
- Prevenção da síndrome metabólica;
- Menor risco de câncer;
- Maior diversidade de bactérias e melhor funcionamento intestinal.
+ Leia também: Ajustes na dieta ajudam a controlar o triglicérides
Flexitarianismo na prática: como adotar uma dieta com menos carne
A dieta flexitariana pode ser adotada por qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. Ela requer adaptações simples para que se mantenha um consumo de adequado de proteínas, vitaminas e minerais.
Para adotar esse estilo de dieta, foque em atitudes como:
- Reduzir o consumo de carnes vermelhas para, no máximo, uma porção por semana;
- Incluir peixes selvagens como opções de fontes proteicas;
- Consumir alimentos de origem animal com moderação (ovos, leite e derivados);
- Aumentar o consumo de leguminosas (feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja e derivados, como o tofu), fazendo delas as suas principais fontes de proteína;
- Incluir nozes, castanhas e sementes no dia a dia;
- Priorizar os cereais integrais, a exemplo de arroz integral, aveia, cevada e quinoa;
- Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras;
- Utilizar ervas, especiarias e condimentos com teor reduzido de sal e açúcar para potencializar o sabor dos vegetais.
+ Leia também: Como alcançar a meta diária de fibras na alimentação
A qualidade da dieta deve ser um ponto de atenção para quem adere ao flexitarianismo, uma vez que nem todos alimentos sem carne são considerados saudáveis.
Ora: abusar de itens ricos em açúcares e gorduras não é recomendado. Vale destacar que, nesse aspecto, diversos produtos industrializados têm um perfil desequilibrado.
O ideal é que, ao escolher esse tipo de dieta, um nutricionista seja consultado, já que a exclusão de alimentos de origem animal pode resultar em deficiências de alguns nutrientes, como ferro, zinco e vitamina B12.
Mas, quando bem ajustada, a dieta flexitariana é segura e pode ser adotada por toda vida, sem prejuízos nutricionais.
*Este texto foi produzido pelo Nutritotal em uma parceria exclusiva com VEJA SAÚDE
O que é flexitarianismo e o que comer no dia a dia Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário