quinta-feira, 25 de maio de 2023

A importância do acompanhamento digital de pacientes com doenças crônicas

Uma página importante da pandemia de Covid-19 foi virada recentemente, com o anúncio do fim da emergência global.

No total, foram quase 7 milhões de mortes causadas pela doença em três anos que atormentaram o mundo todo.

Mas as doenças crônicas impõem um fardo muito maior, tanto em número de óbitos como em impactos em sistemas de saúde.

São condições para as quais o acompanhamento constante é uma necessidade básica.

Para isso, os recursos da saúde digital – cujo desenvolvimento foi fortemente acelerado pela pandemia – são de extremo valor, seja para médicos como para pacientes e familiares.

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O universo das doenças crônicas

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informa que, no mundo, cerca de 41 milhões de pessoas morrem por conta delas anualmente, o que representa cerca de 74% de todos os óbitos.

As doenças crônicas são muitas: hipertensão, diabetes, câncer, distúrbios respiratórios, problemas cardiovasculares e renais, quadros neuropsiquiátricos… A lista é longa.

São condições que, em geral, associam-se à idade avançada – essa ligação não é de todo indevida, mas, diz a OMS, ocorrem aproximadamente 17 milhões de óbitos a cada ano de pessoas de menos de 70 anos com raiz em doenças crônicas.

A idade não é, portanto, o fator preponderante a se prestar atenção quando se sofre desse tipo de comorbidade.

O que deve estar no foco são, por exemplo:

+ Dietas pouco saudáveis, que levam a aumento de pressão arterial, glicose no sangue e peso
+ Tabagismo
+ Sedentarismo
+ Ingestão de álcool
+ Pobreza, já que populações desassistidas estão mais expostas ao cigarro, à alimentação de má qualidade e à falta de acompanhamento adequado de saúde

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O papel das ferramentas digitais nesse cenário

Elas podem ser de grande valia se aplicadas aos cuidados de saúde.

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Para ter ideia, falamos de dispositivos vestíveis (os chamados “wearables”, como os smartwatches) e até mesmo os onipresentes smartphones, com ferramentas digitais já de amplo uso no mundo, como aplicativos de trocas de mensagens – e muitos outros.

A telemedicina acelerou durante a pandemia e, hoje, já encontra grande espaço nos serviços médicos.

Dado da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital mostra que, entre 2020 e 2021 (no pior momento da pandemia), foram realizadas, no Brasil, mais de 7,5 milhões de teleconsultas, envolvendo mais de 52 mil médicos.

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E a telemedicina é apenas uma das formas de se prestar atendimento médico remotamente.

O auxílio de ferramentas digitais no monitoramento de pacientes com doenças crônicas pode significar a maior adesão aos tratamentos e medicamentos.

Afinal, poder falar com o enfermeiro ou médico responsáveis por WhatsApp muitas vezes serve como estímulo para o paciente conseguir se cuidar.

A Nilo Saúde oferece essa plataforma para aproximar médico, enfermeiro e paciente, então vemos os ganhos na prática.

O acompanhamento de pessoas com hipertensão por essa via leva, por exemplo, a uma redução de complicações, menores taxas de internação e maior satisfação do paciente – o que, por sua vez, culmina em adesão ao tratamento, que é o melhor resultado possível.

Em pacientes hipertensos monitorados desde maio de 2021, observamos uma redução de 40% no sedentarismo e aumento de 18% na autopercepção de saúde. Em 80% deles, os níveis de pressão arterial ficaram dentro do adequado.

A digitalização da saúde ganhou tração com a pandemia e não há reversão possível. Ela rompe barreiras, tornando mais viável e confiável o acompanhamento.

Especialmente para quem sofre de condições para as quais, ao menos por ora, não há cura à vista, a saúde digital é o melhor apoio com o qual se pode contar.

*Ana Carolina Raymundo é enfermeira, tem mestrado em saúde do adulto pela USP, é especialista em saúde pública pela Unifesp e Head de Cuidado na Nilo

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