sábado, 27 de maio de 2023

Tumores cerebrais: os sintomas, tratamentos e avanços médicos

Estamos no Maio Cinza, mês marcado pela conscientização da população sobre a importância do diagnóstico precoce dos tumores cerebrais.

No Brasil, a expectativa é que, a cada ano, tenhamos cerca de 11 490 novos casos de tumores do sistema nervoso.

Esses tumores podem ser divididos em lesões primárias ou secundárias.

As primárias têm origem em células e tecidos do próprio sistema nervoso, sendo o exemplo mais comum o glioma ou o glioblastoma.

Já as secundárias se referem às metástases. Ou seja, o tumor se originou em outras partes do organismo e se espalhou, até atingir o sistema nervoso.

As lesões secundárias são o tipo de tumor cerebral mais frequente, sendo que pulmão, mama e intestino estão entre os principais órgãos inicialmente afetados.

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Outra classificação utilizada é dividir as lesões entre benignas e malignas.

As primeiras têm um comportamento mais bem definido, com um tempo de surgimento de sintomas mais prolongado e com maiores taxas de tratamento bem sucedido.

Por outro lado, as lesões malignas apresentam um crescimento mais acelerado, causando sintomas mais precocemente e com pior resposta ao tratamento.

As causas e os sintomas

Elas ainda não são totalmente conhecidas, mas existem alguns fatores de risco, como exposição à radiação, diversas síndromes genéticas e o tabagismo – nos casos de metástases pulmonares, por exemplo.

Um dos grandes objetivos do Maio Cinza é sensibilizar a população para identificar mais precocemente os sinais e sintomas desses tumores, aumentando, dessa forma, as chances de tratá-los.

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Os sintomas podem variar de acordo com a localização, tamanho e tipo, sendo os mais comuns:

  • Dores de cabeça persistentes
  • Alterações na visão
  • Convulsões
  • Problemas de equilíbrio e coordenação
  • Alterações no humor e de personalidade
  • Alteração de força ou sensibilidade
  • Dificuldade de fala ou compreensão

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Atualmente, o tratamento é multidisciplinar, ou seja, envolve vários profissionais, como o neurocirurgião, o oncologista, o radioterapeuta, entre outros.

As opções incluem procedimentos como radioterapia, quimioterapia e cirurgia.

No caso da intervenção cirúrgica, o foco é utilizar técnicas minimamente invasivas, com o objetivo de retirar a maior quantidade possível da lesão com o máximo de segurança para, assim, reduzir danos.

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Dá para prevenir?

Infelizmente, não existem, até o momento, estudos que demonstrem como prevenir tumores cerebrais.

Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante.

Por meio de alertas como esse, as pessoas se tornam capazes de notar as alterações mais rapidamente.

Embora essa doença represente um grande desafio, é encorajador ver os avanços da medicina.

Com dedicação e compromisso da comunidade médica, de pacientes e dos familiares, há motivos para acreditar em um futuro mais animador para todos aqueles afetados por esses tumores.

*Felipe Mendes é neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e cirurgião de coluna

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Tumores cerebrais: os sintomas, tratamentos e avanços médicos Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br

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