Esse produto se tornou muito popular entre os praticantes de exercícios justamente por causa da fama de fazer os músculos crescerem.
Mas pouca gente sabe que não se trata de um item sintético ou cheio de hormônios.
Vale a pena conhecer mais sobre esse suplemento. Confira:
O que é o whey protein?
Traduzido para o português, whey protein significa literalmente a proteína do soro, que, nesse caso, é do leite.
Esse produto era descartado pela indústria produtora de laticínios, até que pesquisadores perceberam que bactérias e fungos se multiplicavam ao entrar em contato com ele.
Revelou-se, assim, o seu potencial nutritivo.
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Em resumo, o whey protein concentra todos os aminoácidos essenciais ao organismo – são as moléculas constituintes das proteínas e que nosso corpo não é capaz de fabricar.
Falamos de elementos como leucina, valina, lisina, metionina, cisteína, arginina, prolina, entre outros.
No whey, eles vêm aos montes, respondendo por 35 a 90% de sua composição. No leite, esse índice não passa de 20%.
Quem tira proveito do uso do whey protein
O suplemento carrega, em especial, níveis elevados de leucina, isoleucina e vanila, aminoácidos usados quase que exclusivamente para reforçar os tecidos musculares.
Para quem frequenta a academia, o consumo do whey colabora para o ganho de massa muscular e na recuperação mais rápida após exercícios.
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Mas o whey não é bem-vindo apenas a quem levanta peso. Durante o envelhecimento, ocorre uma perda natural de massa muscular. E essa situação pode culminar em um quadro chamado sarcopenia, que prejudica a realização de atividades comuns no dia a dia.
Pois a suplementação com a proteína do soro do leite é capaz de contribuir para a desaceleração desse processo. Essa função é festejada inclusive em ambiente hospitalar, já que essa situação facilita a perda de massa muscular.
Em alguns casos, o produto auxilia até no processo de emagrecimento, já que aumenta a sensação de saciedade.
O suplemento não faz mágica
É importante destacar que, apesar de os aminoácidos presentes no whey protein darem um gás para o crescimento dos músculos, não dá para encarar o suplemento como um pó mágico.
Para ver resultados em bíceps, tríceps e companhia, dois fatores contam demais: a genética e a prática de exercícios.
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Quais os tipos de whey?
Não há somente uma versão do suplemento. Entenda:
Concentrado
Tem até 80% de proteína e traz com ele porções de carboidratos (lactose) e gorduras na composição.
Quanto mais alto o valor de proteína, menor a presença de outros compostos. Costuma ser o mais barato.
“O concentrado proteico não passa por nenhuma filtração, e ele demora cerca de três horas para ser absorvido”, afirma Carlos Alberto Werutsky, diretor do departamento de nutrologia esportiva da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Esse formato é ideal para quem não está se alimentando bem. “Quando a pessoa come e se estufa rápido, pode ter esse aporte mais completo”, pontua Daniele Cambuí, nutricionista do Vera Cruz Hospital, em São Paulo.
Isolado:
Tem até 90% de proteína em sua composição. Possui menor quantidade de lactose, podendo ser usado por intolerantes ao açúcar do leite.
“É bom para quem precisa perder peso e ganhar massa muscular”, indica Werutsky.
Isso porque se o indivíduo estiver fazendo musculação e algum tipo de dieta, será necessário garantir boas doses de proteínas para preservar (e aumentar) a massa muscular.
Hidrolisado:
Concentra de 80% a 90% das proteínas. Aqui, a diferença é que elas são quebradas em pequenos pedaços, os peptídeos. Dessa maneira, digestão e absorção são facilitadas.
“Indivíduos com dificuldade de metabolização de nutrientes, como os pacientes bariátricos, têm benefícios com esse formato”, exemplifica Daniele Cambuí.
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Quanto posso consumir?
Saber quando e o quanto tomar faz muita diferença para conseguir alcançar o seu objetivo: seja o de ficar mais forte, perder peso ou repor proteínas por necessidade médica.
De qualquer maneira, um recado: não há motivo para abusar. A regrinha básica é nunca comer mais do que 2 gramas de proteínas por quilo de peso.
Colocando na ponta do lápis, um homem de 75 quilos e uma mulher de 60 não deveriam ingerir mais de 150 e 120 gramas desse nutriente ao dia, respectivamente.
É importante lembrar que o limite vale para pessoas ativas. Quem não se mexe tanto poderia parar em 1 grama por quilo de peso.
Outro ponto crucial é perceber que falamos em proteínas, e não somente de whey. Em outras palavras, ele deve ser somado às demais fontes do nutriente, como carnes, leguminosas e lácteos.
Por isso, para chegar à conta certa, o melhor é consultar um especialista.
Como posso usar o whey protein?
É possível misturar o pó com água. O lado bom dessa combinação é que não adiciona calorias.
“A absorção é mais rápida e só terá um tipo de proteína, a do soro do leite”, afirma o nutricionista Thiago Monteiro, do Rio de Janeiro.
Mas também dá para recorrer ao próprio leite. Nesse caso, mais uma proteína vem de presente: a caseína, que é perdida no soro. Ela desacelera a absorção do suplemento.
É uma boa estratégia para controlar o apetite, já que o combo dá mais saciedade. “Só que há aumento de calorias. Se precisar controlá-las, opte pelo leite desnatado”, aconselha Thiago.
Há formulações com frutas e em formato de achocolatado. De novo, são as calorias que fazem a principal diferença nesses itens.
Pegadinhas e cuidados ao comprar
Por ser um suplemento alimentar, o whey protein pode ser produzido sem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não há fiscalização.
“Empresas irregulares só são notificadas a partir de denúncias, o que dificulta a vida de quem prescreve o whey”, afirma Werutsky.
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Para ter ideia, há produtos ilegais que incluem hormônios ou até substâncias tóxicas (neste caso, por falta de cuidado durante a produção).
“Imagine se o consumidor é um atleta mirim ou uma grávida?”, preocupa-se o nutrólogo.
“Compre apenas produtos que tenham a certificação de boas práticas de fabricação, também dada pela Anvisa”, recomenda o médico.
Outra pegadinha: algumas marcas alegam, na embalagem, que o whey é enriquecido com BCAA. Essa sigla remete a três aminoácidos: leucina, isoleucina e valina.
“Só o whey já tem todos os aminoácidos”, alerta o médico. Ou seja, investir nisso é como rasgar dinheiro.
Cuidados ao tomar whey protein
Antes de apostar nesse suplemento, consulte um médico ou nutricionista.
O especialista traçará a estratégia ideal para facilitar a conquista dos seus objetivos, tanto em termos de dose como de momento ideal para consumo.
Nunca é demais reforçar que o excesso está longe de ser inofensivo. Para ter ideia, isso pode afetar a saúde de órgãos, como os rins.
Por isso, antes de consumir o produto, muitas vezes é válido checar a situação renal.
O que é o whey protein e para que serve esse suplemento Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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