No restaurante do tipo self-service, bastante comum no Brasil inteiro, a comida fica à disposição para o próprio cliente se servir.
Pois a Proteste — Associação Brasileira de Defesa do Consumidor chama a atenção para aspectos que aumentam o risco de contaminações nesses locais.
Para a engenheira de alimentos Mylla Cardoso, técnica da entidade, há muita desinformação e más práticas por aí. “Não adianta evitar a salada e comer carne malpassada”, exemplifica.
Aprenda a garantir refeições mais seguras:
Higiene
O espaço como um todo deve ser muito limpo. “Um local sujo tem cheiro desagradável e pode atrair baratas, insetos e outros bichos”, nota Mylla.
Fora que, segundo ela, o desasseio no salão é mau sinal quanto às condições da cozinha. Verifique ainda se os funcionários que manipulam os alimentos usam touca e luvas. Quem está no caixa, mexendo com dinheiro, não deve chegar perto da comida.
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Conservação dos alimentos
Como eles ficam expostos o tempo inteiro, precisam ser protegidos de eventuais sujidades.
De acordo com Mylla, é essencial que haja uma cobertura em cima do balcão da comida — isso evita que as pessoas se debrucem sobre as travessas.
Além disso, pratos quentes devem ser mantidos acima dos 60° C por, no máximo, seis horas. Para os frios, a temperatura certa é abaixo dos 10° C.
Qualidade e preparo
Olho vivo em características como cor, textura, cheiro e sabor. Se provar algo suspeito, pare de comer e relate o ocorrido a algum funcionário do estabelecimento.
Se você não estiver acostumado a frequentar determinado restaurante, a técnica da Proteste orienta evitar itens crus e malpassados, porque existe a probabilidade de contaminação por micro-organismos.
Comentários e dúvidas
Para uma escolha acertada, a Proteste indica ler avaliações de outros clientes — elas costumam ser encontradas em redes sociais, no Google e em páginas como o Tripadvisor.
Caso você tenha dúvidas sobre certas questões (da maneira de higienizar os alimentos à temperatura das travessas), não deixe de expô-las.
“O restaurante não pode se ofender. É uma questão de segurança”, frisa Mylla.
Consumidor também tem deveres
Quem frequenta o self-service precisa ter noção de algumas regrinhas de etiqueta.
Não falar enquanto se serve é uma das principais, já que pode voar saliva na comida, elevando o risco de doenças transmissíveis.
Outra atitude bacana é lavar as mãos antes de começar a pegar a comida. “Inclusive, o estabelecimento precisa oferecer um ambiente para essa higienização”, diz Mylla.
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Perigo à vista
Deslizes na conservação da comida e na limpeza do local são prato cheio para a proliferação de bactérias e outros micróbios. E eles podem desatar quadros de vômitos, diarreia, dor abdominal etc.
“Dependendo da pessoa, as consequências podem ser graves”, alerta a engenheira de alimentos da Proteste. Ela indica cuidado dobrado com grávidas, crianças, idosos e indivíduos com a saúde debilitada.
Muita opção, pouco equilíbrio?
O self-service pode ser um convite a exageros, mas não precisa ser assim
- Evite chegar faminto
Quando isso ocorre, os pratos ficam enormes. Então, não espere a fome se tornar absurda para ir ao restaurante.
- Faça a análise prévia
Para não ser surpreendido e pegar um pouco de tudo, avalie as opções antes de montar a refeição.
- Tenha foco total
Deixe para bater papo só quando chegar à mesa. Na fila, evite distrações ao fazer suas escolhas alimentares.
- Use o mesmo prato
Em vez de pegar salada e, depois, voltar para se servir das opções quentes, coloque tudo em um prato só.
Como escolher o melhor restaurante self-service Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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