quinta-feira, 11 de maio de 2023

Identificar o tipo de calvície é essencial para o tratamento dar certo

A calvície é um mal que afeta milhões de homens ao redor do mundo. Mas será que toda calvície é igual e merece o mesmo tratamento? Definitivamente, não.

Na dermatologia, utilizamos o termo “alopecia” quando nos referimos às doenças que levam à perda progressiva dos cabelos.

No público masculino, o tipo mais comum é a androgenética, que, como o próprio nome sugere, tem forte relação com a predisposição genética de cada um e com os hormônios masculinos – os andrógenos.

Essa versão é a responsável pelas temidas entradas e, em casos mais avançados, pela perda de fios no topo da cabeça.

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Mas existem outros tipos de calvície. Um exemplo é a alopecia areata. Trata-se de uma doença autoimune em que o próprio corpo ataca os folículos – ou seja, as fábricas do cabelo – e produz áreas calvas de formato arredondado (com poucos ou nenhum fio) no couro cabeludo e na barba.

Ela pode melhorar espontaneamente, mas as recidivas são frequentes.

Já ouviu falar ainda na alopecia fibrosante? Existem doenças que, após um intenso processo inflamatório, acabam por gerar fibrose (sim, uma cicatriz) nos locais onde antes nascia cabelo. O resultado? A perda permanente e irreversível dos fios quando não tratada logo de início.

Sabemos que essas são causas menos comuns de calvície, mas elas precisam ser levadas em consideração quando vamos fazer um diagnóstico.

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Afinal, como você pode imaginar, isso faz toda a diferença na escolha e no sucesso do tratamento.

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Até mesmo quando estamos diante da alopecia androgenética, a causa mais comum de perda de cabelo, é preciso considerar certas características.

É que, dentro desse grupo, existem diferenças nos padrões (nas mulheres, por exemplo, a perda dos fios é mais intensa na região frontal) e nos graus de acometimento.

Existe até uma escala específica para classificar a extensão dessa calvície: a escala de Hamilton-Norwood, que vai desde o grau 1, com as entradas bastante discretas, até o grau 7, quando a parte superior do couro cabeludo foi totalmente afetada.

Feito o diagnóstico correto, determinado o padrão de perda capilar e o nível de acometimento, passamos, finalmente, para a escolha do tratamento.

Em alguns casos, a tradicional loção de minoxidil dá conta do recado.

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Mas, em outros, lançamos mão de medicamentos orais, injetáveis (como o microagulhamento, mesoterapia e MMP ou microinfusão de medicamentos pela pele), lasers e transplante capilar.

Vale lembrar que cada paciente tem suas particularidades, preferências e doenças prévias, o que também é decisivo quando elaboramos um plano terapêutico.

Como se vê, calvície não é tudo igual – e o segredo do sucesso para contê-la é a dobradinha formada por diagnóstico preciso e tratamento correto.

Por isso, se você está sofrendo com perda de cabelo, procure o quanto antes a orientação de um médico dermatologista.

*Aline Erthal é diretora médica da área de Dermatologia da Omens, plataforma que trata da saúde masculina

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