Já passou da hora da sua empresa investir em mobile commerce.
E não digo apenas criar um aplicativo para aumentar sua presença digital, sem qualquer tipo de planejamento estratégico para isso.
Falo sobre otimizar o seu conteúdo para essas plataformas e promover soluções personalizadas para os clientes que você encontra nelas, pois eles têm suas particularidades.
Alguns podem até pensar que o chamado m-commerce ganhou ainda mais força no contexto de pandemia, e não estão errados.
Mas a sua importância não é algo pontual.
Esse é um cenário que vem se consolidando há alguns anos e não tende a mudar daqui para frente.
O mobile commerce chegou para ficar e cabe a você absorver essa nova realidade para não perder terreno para a concorrência.
Neste texto, trago conceitos e dados estatísticos que atestam a importância de abrir os olhos para essa oportunidade, além de dicas para fazer isso da melhor forma.
Continue lendo para conferir!
O que é m-commerce?
Mobile commerce (ou apenas m-commerce) é um tipo de negócio digital que se caracteriza pela venda de produtos e serviços por dispositivos móveis.
Essas transações podem se dar tanto por meio de aplicativos próprios (nativos, híbridos ou web), quanto pelos sites das empresas, desde que sejam concretizadas em tablets e smartphones.
O segmento começou a dar seus primeiros passos com a venda de ringtones e games para celular no início do século.
No entanto, hoje, o leque de opções aumentou muito e o negócio se consolidou como um dos mais rentáveis do mundo.
Qual o tamanho do mobile commerce atualmente?
Se, em 2019, o mobile commerce brasileiro faturou cerca de US$ 5,2 bilhões, a projeção para 2020 aponta que esse número deve crescer 10 vezes, saltando para cerca de US$ 52,6 bilhões.
Boa parte desse crescimento se explica pelo aumento no número de downloads de apps.
Só para se ter uma ideia, nos cinco primeiros meses de 2020, já haviam sido baixados 68% do total de aplicativos do ano anterior.
Em maio, mês que costuma registrar um maior volume de instalações, o crescimento foi de 169% de um período para o outro.
É claro que a Covid-19 também influenciou nesses índices.
No Brasil, 72% da população fez compras por aplicativos durante a pandemia, sendo que 42% afirmaram realizar mais de dez aquisições no período.
Então, não há outra forma de responder à pergunta deste tópico que não seja dizer que o tamanho do mobile commerce é enorme, assim como as oportunidades nele.
Qual a importância de investir em uma plataforma de mobile commerce?
Não é difícil entender porque os consumidores estão investindo em compras feitas pelas plataformas de mobile commerce.
Integração, conveniência, preço acessível, soluções personalizadas e acesso a outros mercados são algumas das pistas que ajudam a explicar esse fenômeno de migração para o mercado digital.
Integração
Comunicação omnichannel é uma das razões que apontam porque as pessoas, cada vez mais, estão apostando no mobile commerce.
Afinal, por que elas vão recorrer a outros tipos de plataformas (como loja física, por exemplo) se podem ter acesso a tudo que precisam em um único lugar?
Conveniência
Tudo isso ao alcance de alguns cliques, que podem ser feitos a qualquer hora e a qualquer lugar.
Os usuários não precisam se preocupar com horário comercial e, muito menos, ter que encarar longas filas para garantir seus produtos.
Isso sem falar em todo o suporte que o mobile commerce oferece, como frete, cupom de descontos e políticas de cashback.
Preço acessível
É só fazer uma pesquisa rápida pela internet mesmo e comparar o preço de produtos em lojas físicas e estabelecimentos online.
Fica até injusta a comparação.
Por conta dos custos com estoques, infraestrutura física, folha salarial de colaboradores e muitos outros fatores, as primeiras acabam operando com valores muito maiores.
No entanto, o consumidor não tem nada a ver com isso e acaba optando por aquele local com preços mais em conta.
Soluções personalizadas
A grande maioria dos aplicativos possibilita a criação de perfis, definições de filtros e categorias bem definidas.
Esses elementos fazem com que o usuário encontre de maneira mais fácil o que procura.
Isso sem falar que, com essas customizações, ele pode receber somente promoções e anúncios que, realmente, são de seu interesse
Acesso a outros mercados
Os smartphones são as principais ferramentas para democratizar o acesso a produtos globais.
Você sabia que 62% dos brasileiros utilizam o dispositivo móvel para realizar compras internacionais?
Outro dado curioso é que, quanto menor a renda do usuário e seu acesso a serviços bancários, mais é usado o celular.
O índice chega até 76,5% de preferência pela plataforma.
O que o consumidor vê no m-commerce?
O m-commerce surge como uma alternativa integrada, prática, barata, personalizada e democrática para os consumidores.
Ou seja, um mix de tudo que foi listado por mim logo acima.
Uma realidade que já vinha se mostrando forte e que, com a pandemia, se intensificou ainda mais.
Por isso, além dos fatores já citados, acrescento a segurança como um elemento chave para o uso cada vez mais massivo dos dispositivos móveis.
Em um cenário em que muitas empresas fecharam, permanecem fechadas ou tiveram mudanças em suas lógicas de funcionamento, os usuários aproveitaram uma oportunidade real já disponível e desfrutaram das suas facilidades.
Mesmo que algumas lojas físicas tenham voltado a operar dentro de uma certa normalidade, muitos ainda preferem não se arriscar e fortalecem o m-commerce.
Isso é demonstrado nos números: 40% dos consumidores pretendem continuar comprando online no pós-pandemia e outros 34% vão diminuir suas idas a lojas físicas depois que a situação estiver mais controlada.
O que avaliar em uma plataforma mobile de e-commerce?
Conforme mencionei lá no início do texto, desenvolver uma plataforma mobile de e-commerce exige planejamento.
Para pegar carona no sucesso da modalidade, é preciso fazer por onde e levar em conta alguns fatores importantes, como estes que relaciono agora.
Leveza
Se um dos principais benefícios que o m-commerce traz é a praticidade, você precisa garantir aos clientes uma plataforma leve, que não demore para carregar e nem apresente erros na hora de abrir uma aba ao clicar em um link.
Além disso, a experiência do usuário é um fator de ranqueamento importantíssimo.
Os mecanismos de busca não dão trégua àquelas páginas com problemas de responsividade e carregamento de conteúdo.
Personalização e recursos disponíveis
Sua solução digital precisa atender a sua demanda e o seu público.
Ou seja, ela deve contar com todos os recursos necessários para que haja um atendimento personalizado.
Para isso, é fundamental levar em conta o seu modelo de negócio.
Por exemplo, empresas B2B têm prioridades diferentes das B2C.
Enquanto aquelas que têm como cliente final outras empresas precisam se preocupar mais com históricos de compras, por exemplo, as lojas que atendem os consumidores comuns devem focar nos ciclos rápidos de compra.
Independentemente do formato, é preciso garantir as ferramentas certas para colocar suas estratégias e seus objetivos em prática.
Integração com outros sistemas
Por mais completa que seja a sua plataforma de m-commerce, é quase impossível operacionalizar tudo sozinho, sem uma integração com outros sistemas.
Seja para soluções de automatização de trabalho e ganho de produtividade, como Customer Relationship Management (CRM) e Enterprise Resource Planning (ERP), seja para gateways de pago, como PagSeguro e PayPal, essas parcerias são vitais.
Afinal, são elas que vão entregar mais competitividade, eficiência e economia nos mais diferentes processos.
Requisitos de segurança
Se realizar compras por meio do mobile commerce é mais seguro em termos sanitários, você deve garantir essa proteção também nos aspectos financeiros e informacionais.
Tanto os dados bancários e de pagamentos (cartões de crédito), quanto às informações pessoais, precisam estar em segurança.
Caso contrário, seu site ou aplicativo vai estar mais suscetível às ameaças virtuais.
Para se resguardar, você deve seguir os parâmetros definidos pelo Pay Card Industry – Data Security Standard (PCI DSS) e garantir o seu certificado de Secure Sockets Layer (SSL).
5 dicas para se dar bem no m-commerce
Para quem ainda está um pouco receoso em se aventurar no mundo do m-commerce, separei cinco ótimas dicas.
Elas vão ajudar você a se dar bem com esse modelo de negócio.
Confira!
1. Conte com métodos de pagamento descomplicados
A PYMNTS mostrou que empresas com checkout móvel complexo perdem cerca de US$ 236 bilhões em vendas em potencial.
Ou seja, nada de oferecer métodos de pagamentos burocráticos que exigem muitas ações para concluir as compras.
Tudo em poucos cliques.
Lembre-se: os clientes do m-commerce estão em busca de praticidade..
2. Utilize a geolocalização
Esse é um recurso muito útil, mas que nem todos os apps e sites utilizam.
Ao ativar essa funcionalidade, é possível oferecer soluções personalizadas para aquela determinada região, fornecendo uma melhor experiência ao usuário.
Considere não apenas o local em si, mas também se o cliente está em movimento ou parado.
Caso ele esteja em casa, por exemplo, terá mais disponibilidade para navegar por diversos produtos.
Já em deslocamento, a busca será por soluções específicas.
3. Venda também pelas redes sociais
As redes sociais estão em segundo lugar entre as maiores influenciadoras de compras.
Por isso, podem ser suas grandes aliadas nas vendas.
Ainda que você não tenha um controle sobre a usabilidade, é possível atrair pessoas que tenham interesse pelos seus produtos.
Facebook e Instagram são ótimos canais para linkar para o seu site ou fazer um checkout direto, uma vez que já disponibilizam a criação de catálogos online.
4. Invista em campanhas patrocinadas
E por falar em redes sociais, hoje em dia, quase todas elas oferecem a possibilidade de criar campanhas patrocinadas.
Elas podem funcionar como ferramentas de divulgação da sua loja virtual e como aliadas poderosas na conquista e na fidelização de clientes.
Um dos pontos fortes de apostar nos anúncios patrocinados é a capacidade de segmentação de público-alvo.
Através dos filtros, é possível direcionar as ações para clientes que realmente têm interesse na sua oferta.
5. Tenha ótimas ferramentas ao seu lado
Planejar, desenvolver, operar e monitorar plataformas de mobile commerce são tarefas que exigem trabalho.
A boa notícia é que você não precisa (e não deve) fazer tudo sozinho.
Diversas ferramentas, softwares e instrumentos podem dar o suporte necessário para que a sua solução digital atenda aos seus propósitos.
Entre os recursos, destaco o Mobify. Com ele, é possível transformar uma loja virtual já existente em um m-commerce.
A integração é feita de forma simples e sem o comprometimento do que já está pronto.
Além disso, a ferramenta conta com mais uma série de funcionalidades que ajudam no gerenciamento da sua solução digital.
Outro conceito importante é o de mobile cloud.
Esse tipo de software pode ser usado na hora de testar a compatibilidade do seu site com aplicativos móveis e no monitoramento de seu desempenho nessa migração.
Aplicativos mais usados pelo mobile
Alguns aplicativos podem servir de inspiração para sua plataforma de m-commerce, ainda que sejam de segmentos diferentes.
Separei cases de sucessos para dar um rumo ao desenvolvimento da sua solução digital.
Uber e 99
O setor de transporte urbano de passageiros é dominado pelo mobile commerce.
Só a Uber conta com mais de 100 milhões de usuários no mundo todo.
No Brasil, são 22 milhões (número bem próximo da 99, com 18 milhões – se tornando a primeira empresa unicórnio nacional).
O motivo de tamanho sucesso? Aproveitamento de oportunidades.
Há anos o planeta clama por serviços de mobilidade de qualidade e com um preço mais acessível.
Os táxis, já algum tempo, de modo geral, não cumpriam mais esse papel.
Essas empresas se valeram disso e desenvolveram plataformas que foram muito além do propósito inicial.
Hoje, elas oferecem opções personalizadas (carros para diferentes perfis e finalidades), agregaram serviços (entrega) e muito mais.
Tudo isso, baseado em tecnologias de geolocalização em tempo real.
Uber Eats e iFood
Sem dúvida, o setor de delivery comida foi o que mais evoluiu durante a pandemia.
Apps como Uber Eats e iFood cresceram 103% somente no primeiro semestre de 2020.
Mas se engana quem pensa que a chegada da Covid-19 foi a grande responsável por esse crescimento.
Mais uma vez, essas empresas de mobile commerce aproveitaram uma lacuna para se destacar no mercado.
Neste caso, a oportunidade foi uma rotina atribulada, que toma o tempo das pessoas de produzirem suas próprias refeições.
Veja como a praticidade ganha força, mas, sobretudo, que as soluções personalizadas se destacam.
Em qualquer um desses apps de delivery, é possível fazer um filtro de restaurantes, culinárias, preços, entre outros, antes de a comida chegar para ser apreciada no conforto de casa ou no trabalho.
Airbnb
A chance de garantir uma grana extra e burocracia para reservar um quarto de hotel fizeram nascer o Airbnb há 13 anos.
Hoje, o marketplace de acomodações é um dos apps mais baixados do mundo.
Ele tem alguns números impressionantes, como mais de 6 milhões de anúncios em mais de 100 mil cidades diferentes e mais de meio bilhão de hóspedes atendidos.
Conclusão
Existem tendências de mercado que vêm e vão, mas outras como o mobile commerce chegam para nunca mais ir embora.
E tudo indica que esse modelo de negócio vai continuar presente e mais forte do que nunca.
O que você precisa se perguntar é se deseja aproveitar essa oportunidade agora e já começar a trilhar seu caminho de sucesso ou adiar e ter que correr atrás da concorrência.
Eu espero que você consiga utilizar essas dicas para otimizar site ecommerce e satisfazer os seus usuários mobile para gerar mais vendas por meio dos dispositivos móveis.
Você já testou alguma estratégia de otimização para o mobile que levou a um aumento nas conversões?
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Mobile Commerce: O Que É e Qual a Importância em 2021 Publicado primeiro em
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