Em 2019 o astrônomo americano Avi Loeb, da Universidade Harvard, identificou o primeiro meteorito interestelar (vindo de outro sistema solar) a alcançar a Terra: ele se desmanchou ao atravessar a atmosfera, e os fragmentos caíram no Oceano Pacífico.
Loeb é conhecido pelas alegações radicais e questionáveis (ele afirmou que o Oumuamua, um objeto que passou pela fronteira do nosso sistema solar em 2017, poderia ser uma nave alienígena), mas nesse caso tinha razão: em 2022, o Pentágono confirmou a procedência do meteorito.
Ele só podia ser interestelar, porque estava se deslocando rápido demais com relação ao Sol – portanto, teria sido impulsionado pela gravidade de outra estrela. Agora, Loeb publicou um estudo (1) no qual usa dados da Nasa para identificar mais um objeto vindo de outro sistema solar: o CNEOS 2017-03-09,que teria se desintegrado ao chegar à Terra, em 2017.
Ele tinha aproximadamente 1 metro de diâmetro, e também estava se deslocando rápido demais em relação ao Sol. Mais o mais interessante era sua densidade, extremamente alta – o que, segundo Loeb, pode significar que ele era feito de algum material desconhecido.
Fonte 1. Interstellar Meteors are Outliers in Material Strength. A Siraj e A Loeb, 2022.
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