segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Dasa usa tecnologia de ponta e equipe especializada para vencer obesidade

Além de causar risco aumentado de complicações na saúde, o excesso de peso é cercado de estigmas e preconceitos que abalam o equilíbrio emocional e impactam a qualidade de vida das pessoas.1 “Ainda persiste a ideia de que a obesidade está relacionada à preguiça e à falta de disciplina e de força de vontade. Mas estamos falando de uma doença multifatorial”, diz o dr. José Afonso Sallet, cirurgião bariátrico do Hospital Santa Paula, em São Paulo, pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil. “O desafio de tratá-la envolve, claro, mudanças comportamentais. Entretanto, há também a predisposição genética e os fatores hormonais, como alterações na tireoide, que interferem no peso e precisam ser consideradas”2, observa o médico.

José Afonso Sallet, cirurgião bariátrico do Hospital Santa Paula –Dasa/Divulgação

Classificada como uma doença crônica pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade pode ser entendida resumidamente como um acúmulo de gordura no corpo que apresenta risco à saúde.3 De acordo com a entidade, o número de pessoas afetadas quase triplicou globalmente desde 1975 e o crescimento também foi significativo entre as crianças.

No Brasil, não é diferente: por aqui, mais da metade da população está com sobrepeso.4 “O reconhecimento de que se trata de uma doença significou uma grande contribuição para a conscientização e o manejo desse problema de saúde pública. Isoladamente, a obesidade é um dos principais desencadeadores de mortalidade, ficando muito próxima do tabagismo”, aponta o dr. José Afonso Sallet. Isso porque o excesso de peso é um estopim para outras questões preocupantes, como diabetes, acidente vascular cerebral (AVC), infarto e alguns tipos de câncer.3 O especialista também lembra que a pandemia de Covid-19 mostrou como os quilos a mais elevaram o risco de agravamento dos quadros. “A gordura excessiva deixa o corpo em estado de inflamação. Como a Covid-19 é uma doença predominantemente inflamatória, esses mecanismos associados aumentam a gravidade da infecção pelo vírus”,5 explica.

Classificar para tratar

O tratamento de uma doença complexa como a obesidade exige um olhar integral para o indivíduo. Para alcançar bons resultados, a pessoa precisa estar predisposta a aderir às orientações, tanto nutricionais quanto de exercícios físicos, passando pelo suporte psicológico.6 O dr. Fernando de Barros, cirurgião bariátrico e coordenador do Centro Cirúrgico do Hospital São Lucas Copacabana, marca que também faz parte da Dasa, no Rio de Janeiro, ressalta que o planejamento terapêutico envolve, portanto, abordagem multidisciplinar – e deve ser feito de acordo com o grau da doença e as particularidades de cada caso. “Uma das variáveis para fazer essa classificação é o conhecido Índice de Massa Corpórea, o IMC, calculado usando parâmetros de peso e altura. Leva-se em consideração também a presença de doenças associadas, como diabetes, dislipidemias, insuficiência cardíaca, hipertensão e problemas osteoarticulares”, enumera.

Fernando de Barros, cirurgião bariátrico e coordenador do Centro Cirúrgico do Hospital São Lucas Copacabana –Dasa/Divulgação

Já o dr. José Afonso Sallet, do Hospital Santa Paula, pontua que para pessoas com sobrepeso, ou seja, aquelas com IMC a partir de 25 e abaixo de 30, a estratégia é basicamente comportamental, visando a perda de peso com ajustes na dieta e atividade física regular. “Na obesidade grau 1, com IMC abaixo de 35, normalmente se associa à mudança no estilo de vida alguma medicação. Os fármacos derivados do hormônio GLP-1, por exemplo, vêm obtendo boas respostas. Eles atuam diretamente no pâncreas, fazendo com que ocorra uma ação mais efetiva da insulina, retardando o esvaziamento gástrico e promovendo a saciedade”,7 completa.

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Na obesidade grave, a cirurgia bariátrica entra como aliada

Na visão do dr. Arnaldo Nacarato, cirurgião do aparelho digestivo especialista em cirurgia bariátrica do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, marca pertencente à Dasa no Distrito Federal, centros de atendimento e respectivas equipes médicas devem estar preparados para oferecer todas as opções de forma a personalizar o tratamento. E isso inclui considerar alternativas como o uso do balão intragástrico ou sutura gástrica para tratar o grau 2 da obesidade, a partir de IMC 35. Esses procedimentos diminuem a capacidade de armazenamento de alimentos no estômago e induzem à saciedade precoce.8

“Para pacientes portadores de obesidade grau 2 com doenças associadas ou com grau 3 (IMC acima de 40) independentemente de comorbidades, a cirurgia bariátrica está indicada”, afirma o dr. Arnaldo Nacarato. “Uma das técnicas mais utilizadas atualmente é a gastrectomia vertical, ou sleeve, na qual se retira em torno de 80% do estômago, sem mexer com o intestino”, explica o cirurgião. O bypass gástrico, por sua vez, além de diminuir o reservatório gástrico, ainda contempla um desvio parcial do intestino, ampliando a ação de hormônios ligados ao controle da fome.9

“Com a cirurgia, a saciedade alimentar vem com menores volumes de comida. Outros benefícios obtidos são os efeitos endócrinos e metabólicos que acontecem no sistema digestório”, continua o especialista. Na unidade, o staff é formado por psicólogo, cirurgião, nutricionista, pneumologista, cardiologista, endocrinologista, anestesista e outros profissionais com expertise no assunto. “O sucesso da cirurgia bariátrica e do emagrecimento depende de uma série de cuidados feitos por um corpo clínico completo, para que o paciente consiga ter bom desempenho, se sinta seguro e engajado no tratamento”, finaliza o médico.

“A cirurgia bariátrica e metabólica é um tratamento de excelência para a obesidade e avança também pela eficácia do controle do diabetes tipo 2, que não tem cura até o momento. O procedimento pode trazer controle ou, até mesmo, a remissão, evitando sequelas como cegueira, amputações de membros, insuficiência renal, infarto e AVC”10, reforça o dr. Fernando de Barros.

Nos centros de referência da Dasa, o acompanhamento criterioso do paciente e o uso de recursos de ponta fazem diferença no desfecho clínico. “Nossas salas cirúrgicas contam com racks de videolaparoscopia integrados e sistema inteligente de imagens em múltiplas telas, além do mais moderno aparelho de anestesia disponível no Brasil”, descreve o dr. Barros.

No Programa de Cirurgia Robótica e Bariátrica do Hospital São Lucas Copacabana, no Rio de Janeiro, são utilizados, inclusive, modelos virtuais em 3D e realidade aumentada no planejamento de cirurgias complexas, que exigem abordagens mais arriscadas.  “Usamos o melhor da capacidade técnica e profissional para avaliar e levar a pessoa à cirurgia na hora certa, realizando os procedimentos com segurança e no menor tempo possível, para que permaneça menos tempo no hospital, reduzindo, também, o risco de reinternação”,11 completa o dr. Fernando Barros.

Referências:

  1. https://www-nature-com.translate.goog/articles/s41591-020-0803-x?error=cookies_not_supported&code=ca55d4b5-a4e8-40a7-8d71-543333eb0e04&_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=op,sc.
  2. https://abeso.org.br/a-genetica-da-obesidade/.
  3. https://www.who.int/health-topics/obesity#tab=tab_1.
  4. https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-04/mais-da-metade-dos-brasileiros-estava-com-sobrepeso-em-2021.
  5. https://jornal.usp.br/ciencias/risco-de-covid-grave-e-alto-em-obesos-a-despeito-de-idade-sexo-etnia-e-doencas-associadas/.
  6. https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf.
  7. https://abeso.org.br/arma-contra-diabete-ganha-espaco-como-estrategia-de-perda-de-peso/.
  8. https://www.sbcbm.org.br/endoscopia-e-obesidade/.
  9. https://www.sbcbm.org.br/tecnicas-cirurgicas-bariatrica/.
  10. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5730478/mod_resource/content/0/Diretrizes-SBD-2019-2020.pdf.
  11. Sallet JA, Fontinele AC, Pizani CE, Sticca E, De Brito S, Gonçalves CV, Muniz LF, Campos MAM, Sallet P, Silva MA. ERAS Protocol in Bariatric and Metabolic Surgery 9 Years’ Experience: Analysis of 14.391 Patients Operated in a Single Brazilian SRC Center. 
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